Tribuna Ribeirão
Saúde

Remédio anticovid pode reduzir mortes

DIVULGAÇÃO/MSD

A partir dos resultados de testes clínicos, a farmacêutica Merck Sharp and Dohme (MSD) informou nesta sexta-feira, 1º de outubro, que o medicamento molnupiravir pode reduzir em cerca de 50% o risco de hospita­lizações e mortes pela Covid-19. A empresa já solicitou o uso emergencial do medicamento nos Estados Unidos e fará o mesmo com outras agências reguladoras no mundo. Por outro lado, ainda não houve publicações cientí­ficas e revisões dos resultados por pares qualificados.

– O que é o medicamento molnupiravir?
É um remédio antiviral que está sendo testado pela farmacêutica Merck, em parceria com a em­presa Ridgeback Biotherapeutics, como uma das alternativas para tratar a infecção pelo coronavírus.

– De que maneira ele vai ser usado para tratar a covid?
O objetivo é realizar o tratamen­to via oral, por meio de pílulas, no início da infecção. “Caso seja autorizado o uso, o molnupiravir poderia ser o primeiro medica­mento antiviral de uso oral contra a Covid-19”, afirma a Merck, por meio de comunicado No corpo, a substância age de maneira a inibir a replicação do vírus no organismo.

– Quais os resultados dos testes?
Foram 775 participantes que tinham sintomas de Covid-19, por meio de confirmação em labo­ratório. Eles não foram vacinados. A empresa informa que 7,3% dos pacientes que fizeram uso do me­dicamento foram hospitalizados nos 29 dias seguintes.

Neste período, 14,1% que rece­beram placebo foram hospitaliza­dos ou vieram a óbito. Oito pes­soas que receberam comprimidos sem qualquer fórmula faleceram. Por outro lado, não houve registro de mortes entre os pacientes que receberam a substância testada.

– O medicamento é eficaz contra variantes?
As primeiras informações indi­cam que sim. Isto porque o mol­nupiravir não tem como objetivo atingir a proteína spike do vírus, ou seja, o que define as diferenças entre variantes, se mostrando eficaz, ainda que ocorra uma evo­lução do vírus, como o sucessivo aparecimento de variantes no mundo. Para interromper a repli­cação no organismo, o medica­mento foi projetado para produzir erros no código genético do vírus, o que impede a proliferação.

– O molnupiravir será vendi­do em farmácias?
Ainda não. Como continua em testes e será submetido às agências reguladoras no mundo, como informou a empresa, não há previsão de comercialização. As aplicações têm ocorrido em ambiente controlado com suporte de especialistas.

– Há outros remédios para tratar a covid?
A Pfizer está testando um medi­camento para tratar a doença. O objetivo deste remédio da farma­cêutica é prevenir a contaminação pela infecção em indivíduos expostos ao vírus. O estudo leva em consideração uma dose baixa de ritnovir, uma droga já usada no tratamento do HIV.

O Brasil já tem remédios apro­vados? – Sim, os medicamentos remdesivir, banlanivimabe e ete­sevimabe (usados em conjunto), casirivimabe e imdevimabe (usa­dos em conjunto), regdanvimabe e o sotrovimabe já foram aprovados pela Agência Nacional de Vigilân­cia Sanitária (Anvisa). No entanto, são caros e apresentam dificul­dades para serem administrados, já que seu uso está restrito ao ambiente hospitalar.

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