Tribuna Ribeirão
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Relator vota por Palocci no semi-aberto e tornozeleira

O relator da Operação Lava Jato no Tribunal Regional Fede­ral da 4ª Região, desembargador João Pedro Gebran Neto, votou nesta quarta-feira, 24, pela pro­gressão da pena do ex-ministro Antonio Palocci (governos Lula e Dilma) para o regime semi -aberto, com o uso de tornoze­leira eletrônica. O magistrado, inicialmente, se manifestou pelo aumento da pena inicialmente imposta a Palocci pelo juiz Sér­gio Moro (12 anos e 2 meses de reclusão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro) para 18 anos. Em seguida, Gebran Neto votou pela redução à metade (9 anos e 10 meses), levando em conta a delação premiada de Palocci. O julgamento, no en­tanto, foi adiado para o dia 28 de novembro, com pedido de vista do desembargador Lean­dro Paulsen.

Palocci está preso desde setembro de 2016, alvo da Operação Omertà, desdobra­mento da Lava Jato. O juiz Moro o condenou em uma primeira ação a 12 anos e dois meses de reclusão.
O colegiado julga apelo do ex-ministro contra sua conde­nação por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. A defesa pede que sejam concedidos a ele os benefícios de sua delação premiada, já homologada pelo desembargador Gebran.

Os advogados de Palocci já citaram em recurso que o ex-ministro prestou 141 horas de depoimentos no âmbito da Lava Jato, além de ter entre­gue diferentes tipos de provas, como contratos simulados, ras­treadores e veículos, e a indi­cação de três testemunhas que teriam presenciado ilícitos.

No mesmo julgamento, o braço-direito do ex-ministro, Branislav Kontic, teve sua absolvição, já proferida pelo juiz Sérgio Moro, confirmada pelo relator da Lava Jato no TRF-4. Também, neste caso, o julgamento só será concluí­do no dia 28.

Depoimentos. Nos autos de ação na Lava Jato em que o ex-presidente Lula é réu por su­postos R$ 12,5 milhões da Ode­brecht, um dos termos do acor­do foi tornado público pelo juiz federal Sérgio Moro.

O anexo narra suposto lote­amento de cargos na Petrobrás em troca do abastecimento de campanhas políticas.

O ex-ministro reafirmou que Lula ‘tinha conhecimento, desde 2007’, de supostos esque­mas de corrupção na Petrobrás. Palocci revelou que 90% das Medidas Provisórias nos gover­nos do PT estavam relaciona­das ao pagamento de propinas e ainda disse que as campanhas que elegeram a ex-presidente Dilma Rousseff, em 2010 e em 2014, custaram R$ 1,4 bilhão, valor bem acima do declarado ao Tribunal Superior Eleitoral.

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