Tribuna Ribeirão
Política

Relator tem 15 dias para emitir parecer

ALFREDO RISK

O Conselho de Ética da Câmara de Vereadores definiu nesta terça-feira, 22 de outubro, a relatoria do processo que vai analisar o pedido de cassação do mandato de Rodrigo Simões (PDT), reeleito em 2016 com 3.189 votos e que presidiu a Casa de Leis em 2017. O escolhido é André Trindade (DEM), líder do governo Duarte Nogueira Jú­nior (PSDB) no Legislativo, que terá prazo de 15 dias para emitir parecer a partir da apresentação da defesa do parlamentar – a conclusão pode ser pelo arqui­vamento ou pela continuidade.

Uma servidora municipal que atua na área da saúde acusa Si­mões de abuso de autoridade e ca­lúnia. Segundo o pedido da fun­cionária pública, Rodrigo Simões teria afirmado, por meio do apli­cativo de mensagens WhatsApp, que ela não cumpria a carga ho­rária de trabalho total na Unidade Básica de Saúde (UBS) Mamoro Kobayashi, no distrito de Bonfim Paulista, na Zona Sul. Atualmente ela está lotada no Núcleo de Ges­tão Assistêncial (NGA), o popular “Posto da Rua Minas”, nos Cam­pos Elíseos, na Zona Norte.

As mensagens que a servi­dora afirma ser do parlamentar foram anexadas no pedido de cassação. “O vereador Rodrigo Simões, o faz, transparecen­do dolo, salvo melhor juízo, de quem quer atingir o seio de minha família, ao passo em que afirma sermos pessoas ímprobas e mentirosas, sendo dirigida es­pecificamente a mim a pecha de ‘servidora que não cumpre carga horária’”, justifica a mulher.

No pedido de cassação ela afirma ainda que foi transferida da unidade onde prestava ser­viços por conta de pressão po­lítica. “Ressalto que, hoje, estou em tratamento médico, psico­lógico e psiquiátrico pela grave depressão a qual me encontro, devido a toda a pressão sofrida durante este processo nefasto, que afetou de sobremaneira mi­nha vida pessoal, profissional, assim como a de minha família”.

“Assim sendo, encaminho este requerimento, a fim de pedir a cassação de mandato do verea­dor Rodrigo Simões (PDT), por ato improbo e quebra de decoro parlamentar, ao fazer ilações e afir­mações caluniosas, pela prática de difamação, injúria e ameaça, pelo manifesto abuso de poder e pela má fé, pela exposição de uma servidora honrada e que jamais le­sionou o serviço público, que tem reconhecimento público e que possui excelente avaliação e con­duta, dignas da qualidade dos ser­vidores públicos”, finaliza o texto.

O pedido de cassação está na Coordenadoria Jurídica da Câmara, que irá analisar sua admissibilidade e encaminhá-lo para a Mesa Diretora do Legisla­tivo. Se for considerado juridica­mente válido, será encaminhado para o Conselho de Ética. Rodri­go Simões informou ao Tribuna que não conhece a servidora e que única informação que tem é que ela não cumpria a carga ho­rária. Diz também que o marido da servidora é pré-candidato a vereador e está querendo “15 minutos de fama”.

O conselho de Ética é presi­dido pelo vereador Maurício Vila Abranches (PTB) e conta com a participação de Fabiano Guima­rães (DEM), Nelson Stefanelli, o “Nelson das Placas” (PDT), An­dré Trindade (DEM) e o próprio Rodrigo Simões (PDT), que não participou da reunião. Na sessão desta terça-feira, ele estava muito bravo com os colegas conselheiros que optaram por não arquivar o pedido de cassação.

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