Tribuna Ribeirão
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Relações perigosas Marcello Miller e Joesley viram réus por corrupção

O juiz federal Francisco Codevilla, da 15ª Vara Federal do Distrito Federal, aceitou de­núncia oferecida pelo Minis­tério Público Federal (MPF) contra o ex-procurador da República Marcello Miller, o empresário Joesley Batista, do Grupo J&F, o ex-diretor jurí­dico do grupo Francisco As­sis e Silva e a advogada Esther Flesch, ex-sócia do escritório Trench Rossi e Watanabe. Eles se tornaram réus acusados de corrupção.

Miller é apontado pelos procuradores Frederico Paiva e Francisco Guilherme Vollstedt Bastos como “estrategista dos acordos de colaboração”. A de­núncia aponta como crime uma promessa de pagamento indevi­do de R$ 700 mil dos executivos a Miller para orientá-los na co­laboração premiada enquanto ainda era integrante do MPF.

O pagamento seria feito por meio de um contrato entre Mil­ler e o escritório Trench, Rossi e Watanabe, por serviços pres­tados entre março e o início de abril de 2017, enquanto ainda não havia sido exonerado do MPF, sendo que o escritório só o contrataria formalmente a partir de 5 de abril. Os procuradores não mencionam se os valores chegaram a ser pagos.

O documento narra que, desde o fim de fevereiro de 2017, quando Joesley, Assis e outros executivos do grupo J&F se pre­paravam para fazer colaboração premiada, Marcello Miller pres­tou orientação a eles. Os empre­sários “tinham a real expectati­va” de que, no exercício do cargo e integrante da equipe de auxílio do então Procurador-Geral da República Rodrigo Janot, Miller poderia facilitar ou lhes ajudar na celebração de acordo de cola­boração premiada.

“O preço desse auxílio, cal­culado pelo escritório TRW (R$ 700 000,00), abrangeu aconselhamentos acerca de estratégias de negociação e revisão dos anexos, além da redação final da proposta que foi apresentada, sob a ótica de um Procurador da República que atuava, justamente, nessa atividade de assessoria do PGR e, portanto, um procurador da República integrante do grupo da Lava Jato foi o estrategista dos acordos de colaboração”, afirmaram os procuradores.

Defesas
Em nota, os advogados de Joesley Batista reafirmam que o colaborador não praticou o cri­me a ele imputado. “O empre­sário nunca ofereceu qualquer vantagem indevida a Marcello Miller e reitera que eventual ir­regularidade na contratação de um sócio pelo maior escritório de compliance do mundo deve recair única e exclusivamente sobre essa banca de advoga­dos.”, diz a nota.

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