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Reinventar a escola

Muita gente está com medo do descarte. As novas tecnologias avançam com rapidez supersônica. As mudanças necessárias à adaptação ao novo caminham quais cágados. O descompasso é evidente e assusta mesmo.

Todavia, o medo é um convite à audácia. O empreendedorismo é um comando a que todos devem atender. A tecnologia agrega valor ao humano. Ela amplia as possibilidades para uma gestão mais sofisticada. O trabalho humano nunca será substituído. Mesmo porque, há inúmeras coisas que o robô não pode fazer.

A indústria 4.0 tem processos mágicos. Permite a uma manufatura customizar seus produtos, oferecer variedade infinita. O tênis de grife pode ser fabricado de forma personalizada. Com o meu nome bordado, por exemplo. A impressora 3D, cada vez mais acessível, democratizará os meios de produção. As pessoas vão poder fabricar o que quiserem.

Por paradoxal que parecer possa, o avanço científico e sua serva, a tecnologia, farão com que o lado humano agregue valor. Cada vez mais será necessário atuar com capacidade de interação, comunicação afável, empatia, visão sistêmica, adaptabilidade, flexibilidade, competências nem sempre exploradas no ensino convencional.

Para isso, a escola tem de ser reinventada. O aluno precisa ser preparado para aprender a aprender. É o que se poderia denominar autonomia assistida ou orientação prevenida. O conhecimento está todo disponível. O estudante precisa ser estimulado a acessá-lo. Incentivado a pesquisar, a coletar, a discutir, a analisar e a chegar a conclusões que podem vir a ser modificadas em seguida.

O estudo de casos, o trabalho com hipóteses, saber distinguir fato de hipótese, estudo de alternativas ou opções, tudo isso reclamará investimento nas competências não cognitivas. Naquele grande acervo de intuição, capaz de suscitar emoções e sensações e de levar o ser humano a ser cada vez mais humano.

É urgente que isso venha a ser implementado, pois novas empresas exigem novos perfis. O mundo de negócios é cada vez mais virtual. E também cada vez mais desconhecido. O segredo e o desafio é preparar o profissional para uma realidade ainda ignorada. Sabe-se que o mundo de amanhã será diferente. Mas não se tem ideia do grau e do alcance dessa diferença. Esse o estímulo a ser cada vez mais apto a não se desiludir com o futuro. Até porque, ele já chegou.

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