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REGIÃO METROPOLITANA – Os desafios de 34 municípios e quase 2 milhões de habitantes

ALFREDO RISK

Tribuna tendo como base os dados estimativos do Insti­tuto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em re­lação ao número de habitan­tes, entre os anos de 2020 e 2021, nos 34 municípios que formam a Região Metro­politana de Ribeirão Preto (RMRP), mostra que neste período a população regio­nal cresceu 0,98%. Em 2020 eram 1.737.859 moradores contra os atuais 1.755.029.

O índice é um pouco maior que o crescimento nacional, calculado pela própria esti­mativa do IBGE e divulgado em meados de 2021. A po­pulação brasileira é estimada em 213,3 milhões em 2021, ante a 211,8 milhões em 2020. Ou seja, um crescimen­to de 0,74% ou 1,56 milhão de novos habitantes.

A taxa de crescimento também está acima do ín­dice estadual, de 0,78%. A população do estado de São Paulo saltou para 46.649.132, ou 359.799 a mais que os 46.289.333 paulistas do estu­do anterior.

Se compararmos o cres­cimento regional nos úl­timos 12 meses, que foi de 17.170 com a população de algumas cidades da RMRP, podemos dizer que ele foi maior que uma Altinópolis inteira (16.221 moradores) e bem mais que outras 12 cidades: Cássia dos Coquei­ros, Dumont, Guatapará, Luiz Antônio, Nuporanga, Sales Oliveira, Santa Cruz da Esperança, Santo Antô­nio da Alegria, São Simão, Serra Azul, Taiúva e Taqua­ral (ver quadro nesta página com as cidades e suas res­pectivas populações).

Ribeirão Preto
Sede da Região Metro­politana, Ribeirão Preto tem atualmente 720.116 habi­tantes, 1,16% a mais que os 711.825 estimados em 2020. Em 2020, o crescimento da ci­dade havia sido de 1,21%, com 8.352 habitantes a mais que as 703.293 pessoas de 2019.

ALFREDO RISK

Desafios para a integração
Segundo o empresário Dori­val Balbino, presidente da Asso­ciação Comercial e Industrial de Ribeirão Preto (Acirp) um pas­so importante para concretizar a Região Metropolitana é o en­gajamento da sociedade civil organizada. “Por isso aproveito para alertar as demais entida­des empresariais para que par­ticipem das audiências públi­cas, indicando as prioridades de investimentos e planos que venham a estimular o empreendedorismo e melho­rar o ambiente de negócios dos municípios”, salienta.

O presidente da entidade argumenta ainda que a orga­nização da RMRP pode ajudar muito os gestores das cidades menores a planejarem e orga­nizarem seus municípios.

“Ribeirão, como municí­pio sede, além de ganhar com o crescimento das cidades da região, também tem oportu­nidades para resolver alguns de seus desafios como de abastecimento de água, cole­ta e manejo de resíduos sóli­dos, dentre outros”, conclui.

O vereador em Ribeirão Preto, Maurício Gasparini, presidente do Parlamento Metropolitano da Região, cita que o maior desafio para a integração definitiva dos 34 municípios é fazer com que o governador do esta­do de São Paulo, João Dória (PSDB), envie para a Assem­bleia Legislativa um Projeto de Lei que institua o Comitê para a Região Metropolitana de Ribeirão Preto. De acordo com ele, a criação do comitê dará mais agilidade para o planejamento regional viabi­lizando o desenvolvimento econômico, gerando me­lhorias na qualidade de vida dos cidadãos e a redução das desigualdades regionais.

Ele lembra que o papel do Parlamento Regional é o de fo­mentar encontros, reuniões e discussões para que essas cida­des se encontrem e elaborem soluções para os desafios da RMRP nos vários segmentos.

“Nos últimos anos nossa maior atenção tem sido no que diz respeito a saneamen­to básico, infraestrutura e devido à pandemia causada pela covid-19, a área da saú­de. Alguns resultados já fo­ram conquistados pelo Par­lamento. O último deles foi a vinda de R$ 33 milhões para o Hospital das Clínicas de Ri­beirão Preto, que viabilizou a contratação de mais de 500 profissionais na área da saú­de”, finaliza Gasparini.

ARQUIVO PESSOAL

Projeção x Censo, quais as diferenças
A projeção da população é feita todo ano pelo IBGE, já o Censo Demográfico é realizado a cada dez anos. A estimativa é um dos parâmetros utilizados pelo Tribunal de Contas da União (TCU) para o cálculo do Fundo de Participação de Estados e Municípios, além de referência para indicado­res sociais, econômicos e demográficos.

“As projeções de população do Brasil e dos estados não somente subsidiam as es­timativas municipais, mas também ajudam a pensar no futuro da população. E pensar no futuro é impor­tante porque nos mostra os desafios que teremos pela frente”, explica Márcio Mit­suo Minamiguchi, gerente de Estimativas e Projeções de População do IBGE.

“O Censo Demográfico é a maior pesquisa que o IBGE realiza e envolve a visita a todos os domicílios do Brasil. Como o Censo envolve muito trabalho e um quantitativo grande de dinheiro também, ele não pode ser realizado todos os anos. Mas como a população é uma variável muito importante, não é possível termos a popula­ção atualizada somente no momento do Censo, logo as estimativas e projeções da população visam cobrir essa necessidade de termos conhecimento da população para períodos mais curtos que o Censo Demográfico”, finaliza Minamiguchi.

 

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