Aproximadamente 74% da população da Região Metropolitana de Ribeirão Preto, que reúne 34 municípios, estão completamente vacinados. Dos 1,7 milhões de habitantes na região, 1.238.273 já se vacinaram com duas doses e outros 45.348 foram imunizados com a vacina de dose única, de acordo com dados obtidos junto à plataforma “Vacinômetro” da Secretaria de Estado da Saúde. Os dados foram atualizados na última quinta-feira, 2 de dezembro.
Entre as cidades que compõem a Região Metropolitana, Taiúva é a que conta com a maior cobertura vacinal até o momento. Dos 5.564 habitantes do município, 97,98% já estão completamente imunes. Na sequência, aparecem Cássia dos Coqueiros, com 91,13% da população totalmente vacinada, assim como Santo Antônio da Alegria (84,42%), Altinópolis (84,16%) e Taquaral (81,58%).
Neste quesito, Ribeirão Preto ocupa a 23ª posição. Foram 554.084 pessoas vacinadas com a primeira dose, 502.117 com a segunda e 20.388 com o imunizante de dose única. Portanto, dos 711.825 habitantes, 73,40% já estão completamente vacinados. No entanto, repara-se que pouco mais de 50 mil pessoas, que receberam a primeira dose da vacina, não retornaram para receber a segunda.
Em publicação feita pela Prefeitura Municipal, o prefeito de Ribeirão Preto, Duarte Nogueira (PSDB), explicou ser fundamental que as pessoas se conscientizem sobre a importância da segunda dose. “A vacinação completa garante uma proteção mais eficaz, portanto, aqueles que tomaram a primeira dose, precisam retornar aos postos de vacinação para tomar a segunda e estarem totalmente protegidos”, orienta.
De acordo com o Governo do Estado de São Paulo, no Estado, a vacinação contra a covid-19 prossegue em ritmo acelerado, com os maiores percentuais de população imunizada no país. Nesta quinta, o Vacinômetro registrou 78 milhões de doses aplicadas nos 645 municípios paulistas, com 76,15% da população com esquema vacinal completo e 84,7% protegida por ao menos uma dose de imunizante.
Em comparação a países com população igual ou superior a 40 milhões de pessoas, São Paulo figuraria no quarto lugar entre as nações que mais vacinam no mundo, atrás apenas de Espanha (80,49%), Coréia do Sul (80,03%) e Japão (77,31%) e à frente de China (74,53%), Itália (73,03%), França (69,79%), Reino Unido (68,03%), Alemanha (68,06%), Brasil (62,92%) e EUA (58,23%) – os percentuais são atualizados periodicamente pelo portal Our World In Data, da Universidade de Oxford.
Ainda na última quinta-feira, o Governo de São Paulo comunicou que vai reduzir de 5 para 4 meses o intervalo da dose adicional da vacina de covid-19 no estado de São Paulo. A medida é uma recomendação do Comitê Científico do Coronavírus do Estado de São Paulo diante do atual cenário epidemiológico da doença no mundo e a proximidade das festividades de final de ano.
A medida vale para quem tomou duas doses dos imunizantes do Butantan/Coronavac, da Fiocruz/AstraZeneca/Oxford e da Pfizer/ BioNTech e vai beneficiar cerca de 10 milhões de pessoas que se vacinaram nos meses de julho e agosto.
Ômicron
A Secretaria Estadual de Saúde confirmou na quarta-feira, 1º de dezembro, o terceiro caso da variante Ômicron no Brasil. Trata-se do passageiro da Etiópia que desembarcou em Guarulhos no sábado, 27 de novembro, quando testou positivo para covid-19. A amostra foi sequenciada geneticamente pelo Instituto Adolfo Lutz.
Os dois primeiros casos da variante Ômicron foram confirmados pelo Lutz na tarde de terça-feira, 30 de novembro, após sequenciamento genético realizado pelo laboratório do Hospital Israelita Albert Einstein. Os casos são de um homem de 41 anos e uma mulher de 37, provenientes da África do Sul.
A Secretaria da Saúde, por meio da Vigilância Epidemiológica, mantém o monitoramento do cenário epidemiológico em todo o território estadual. A confirmação de variantes ocorre por meio de sequenciamento genético. A pasta acompanha e auxilia nas investigações, em tempo real, de todas as Variantes de Preocupação (VOC = Variant Of Concern), tais como Delta, Alpha, Beta, Gamma e, agora, a Ômicron.
Em Ribeirão Preto, até esta sexta-feira, 3 de dezembro, havia um paciente internado em um hospital da cidade realizando testes para detectar a presença da nova variante Ômicron. Contudo, durante coletiva realizada pelo prefeito Duarte Nogueira foi confirmado que este suspeito teve o teste negativado. Portanto, ainda não há casos oficializados dessa variante no município.
Ainda durante a solenidade, o chefe do executivo ressaltou que é uma questão de tempo até que a variante Ômicron chegue a Ribeirão Preto. “Até porque nós já temos alguns casos no Brasil e no Estado de São Paulo da presença da variante Ômicron. A ciência ainda não tem um conhecimento acurado do grau de contaminação, capacidade de multiplicação e a severidade com que essa variante atinge os organismos humanos. Por isso estamos tomando todas as medidas”, comentou.
De acordo com a Prefeitura, a população, consciente, deve respeitar os protocolos de saúde, como o uso frequente de máscara, higienização das mãos, etiqueta respiratória, limpeza e desinfecção dos ambientes, distanciamento social, isolamento dos sintomáticos e de seus contatos domiciliares.
“Já passamos pela experiência de ter o vírus circulando em outros continentes antes de chegar ao Brasil e sabemos a importância de antecipar e planejar ações para diminuir os impactos da pandemia. Nesse momento, nossa melhor estratégia é garantir que todos estejam vacinados com ao menos duas doses. Conter o avanço da covid-19 é uma responsabilidade de todos nós e isso só será possível a partir da vacinação”, ressaltou Nogueira. Outra medida anunciada pelo prefeito foi a suspensão do Carnaval de rua em 2022.