A Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo (SES-SP) alerta para a importância da vacinação contra a febre amarela após a confirmação do primeiro caso humano da doença em 2025. A ocorrência envolve um homem de 27 anos, morador da capital paulista, que esteve recentemente em uma área rural no município de Socorro, na região de Campinas. No Brasil, não há registro da doença urbana desde 1942.
O Instituto Adolfo Lutz (IAL) confirmou nove casos da doença em primatas não humanos, sendo sete na região de Ribeirão Preto – pelo menos quatro macacos na cidade sede –, um em Pinhalzinho e outro em Socorro, na região de Campinas. A pasta ressalta que a vacina é a principal ferramenta de prevenção e controle da doença.
Por isso, as ações de vigilância em saúde e vacinação nas regiões foram intensificadas, reforçando a importância e conscientizando sobre a imunização de rotina, não apenas em momento epidêmico ou pandêmico, para evitar casos mais graves. A vacina contra febre amarela faz parte do calendário de imunização e está disponível em todos os postos de saúde do estado.
“A vacina é a única forma de prevenir a doença. Portanto, para quem for viajar para áreas de mata, acampamentos, trilhas e cachoeiras, é recomendado se vacinar com pelo menos dez dias de antecedência, já que o início da proteção ocorre entre o oitavo e o décimo dia após a administração da vacina”, afirma a coordenadora de Controle de Doenças (CCD/SES-SP), Regiane de Paula.
A SES ressalta que os macacos não transmitem a doença, já que a infecção se dá por meio de mosquitos silvestres, que vivem em zona de mata e não habitam o ambiente urbano das cidades. Caso alguém identifique macacos mortos na região onde vive ou está, deve informar imediatamente às autoridades sanitárias do município, de preferência, diretamente para a vigilância ou controle de zoonoses.
No ano passado, foram registrados dois casos humanos de febre amarela no estado de São Paulo: um autóctone e outro importado, que resultou em óbito. Os sintomas iniciais da febre amarela são início súbito de febre, calafrios, dor de cabeça intensa, dores nas costas e no corpo em geral, náuseas e vômitos, fadiga e fraqueza.
Vacinação – A vacina contra a febre amarela integra o calendário de vacinação e está disponível em todas as Unidades Básicas de Saúde (UBS) do Estado. A conscientização da população sobre a importância da imunização de rotina é uma medida essencial para prevenir casos graves e proteger a saúde. Ribeirão Preto já recebeu 55 mil doses do imunizante. Outras 75 mil foram para Campinas, totalizando 130 mil.
Desde 2020, o Ministério da Saúde atualizou a recomendação de vacinação contra doença da seguinte forma: para crianças menores de 5 anos de idade são duas doses, a primeira aos 9 meses e a segunda aos 4 anos; para crianças a partir dos 5 anos, a vacina é dose única. Para esclarecer dúvidas, acesse o portal Vacina 100 Dúvidas (www.vacina100duvidas.sp.gov.br).