A taxa de transmissão (Rt) do coronavírus na região de Ribeirão Preto começou o ano em alta e esteve perto de ultrapassar a marca de 2, depois de recuar para 0,56 em setembro e oscilar entre 0,60 e 0,90 até dezembro. No dia 25 de janeiro estava em 1,80, passou o restante da semana em 1,79, fechou a semana passada em 1,75 e foi para 1,81 na quarta-feira (9).
Nesta quinta-feira (9) já estava em 1,82, taxa considerada bastante elevada. Significa que, nas 26 cidades do 13º Departamento Regional de Saúde (DRS-XIII), 100 pessoas podem transmitir a doença para outras 182. No dia 23 de janeiro chegou a 1,92, a mais alta de toda a pandemia. Chegou a ocupar o 12º lugar do ranking paulista no fim de semana, foi para sétimo e agora está na quinta posição.
A liderança é de Sorocaba (1,96). O DRS-VIII, de Franca é o sétimo (1,76), e o DRS-V, de Barretos, é o 19º (1,26). O limite considerado aceitável pela Organização Mundial da Saúde (OMS) é de 1,00. Ribeirão Preto já tem transmissão comunitária da variante Ômicron, responsável por 90% dos novos casos em 2022, e do vírus H3N2, da influenza.
Casos e mortes avançam na cidade
Segundo o último boletim epidemiológico, até terça-feira, 8 de fevereiro, Ribeirão Preto somava 3.156 mortes por covid-19 e 138.397 casos de coronavírus confirmados desde o início da pandemia, 1.673 anunciados em apenas dois dias, cerca de um diagnóstico positivo a cada um minuto e 43 segundos. Eram 136.724 até dia 6 de fevereiro, alta de 1,2%.
Em janeiro, a cidade soma 19.944 casos de covid-19, novo recorde mensal da pandemia, média de 643 a cada 24 horas, 18.268 a mais que os 1.676 de dezembro, avanço de aproximadamente 1.090%. Em oito dias de fevereiro já são 3.284, cerca de 411 a cada 24 horas, um a cada três minutos e 32 segundos, totalizando 23.228 este ano.
Em 2021, Ribeirão Preto registrou mais de 73 mil casos confirmados. São 73.192, alta de 74,4% em relação aos 41.977 do ano anterior, 31.215 a mais. A quantidade total de pessoas infectadas equivale a 19,2% da população da cidade, de 720.116 habitantes, segundo balanço do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Mais de 636 mil mortes no Brasil
O Brasil somava 636.017 mortes por covid-19 nesta quinta-feira, 943 a mais que as 635.074 de quarta-feira, alta de 0,1%. Tem mais de 27 milhões de casos de coronavírus desde o início da pandemia. São 27.119.500, sendo que 164.066 foram confirmados nas últimas 24 horas, aumento de 0,6% na comparação com os 26.955.434 de anteontem.
Já o Estado de São Paulo ultrapassou 160 mil mortes e contabilizava 160.839 óbitos nesta quinta-feira, 297 a mais que os 160.542 de quarta-feira, aumento de 0,2%. Os contágios pelo Sars-CoV-2 passam de 4,8 milhões e somam São 4.801.295, ou 19.046 a mais que os 4.782.249 de anteontem, elevação de 0,4% na comparação diária.
Leitos
Depois de atingir sua capacidade máxima em 28 de janeiro e na última quinta-feira (3), a ocupação de leitos de terapia intensiva, em Ribeirão Preto, estava em 88,2% às 16 horas desta quinta-feira. Segundo a plataforma leitoscovid. org, havia 60 pacientes internados nas 68 vagas disponibilizadas por nove de doze hospitais da cidade.
Quarenta e cinco pessoas estavam com respiradores artificiais. No auge da pandemia, em meados do ano passado, o município chegou a ter 318 leitos de terapia intensiva para pessoas com coronavírus. Na enfermaria, somando todos os hospitais da cidade, a taxa era de 83,1% no mesmo horário, com 108 dos 130 leitos ocupados. No auge da pandemia, o município chegou a ter 296 vagas.