Nos próximos dias, o hospital Santa Lydia passa a atender exclusivamente a pacientes que testarem positivo para a covid-19. Não apenas os doentes graves, mas também os que estiverem em estado moderado de saúde e que ainda precisem de internação hospitalar. O Santa Lydia terá 20 leitos de UTI e 40 de enfermaria até o final desta semana. Com o hospital, poderemos ter atendimento completo ao grupo de pacientes que necessitarem de atenção em função do contágio do coronavírus. Trata-se de um importante reforço no enfrentamento da pandemia que atinge o mundo todo, principalmente neste momento de ampliação de casos antes de atingirmos o pico da transmissão do vírus.
Além destes leitos, a prefeitura também vai pagar por novos leitos no hospital Ribeirânia. Serão mais dez unidades de internação de UTI. Desde o início da pandemia temos trabalhado para ampliar a estrutura de atendimento médico e hospitalar, com o objetivo de não deixar ninguém sem a necessária atenção neste momento de grave crise de saúde. Somente nos últimos 30 dias, de 22 de junho a 21 de julho, ampliamos o número de leitos de UTI Covid em aproximadamente 40%. Os leitos de enfermaria também foram ampliados, inclusive com 15 leitos no Polo Covid, ao lado da Unidade de Pronto Atendimento – UPA – da avenida 13 de Maio.
Com a ampliação do número de leitos disponíveis para o tratamento da doença, poderemos avançar no Plano São Paulo, para que possamos retomar, mesmo que de forma gradativa, as atividades econômicas. Entretanto, mais importante que a melhoria da região na classificação das que podem abrir seus estabelecimentos é aumentar a capacidade de atender a todos que precisarem de atenção em função desta e de outras doenças. Todos os recursos que conseguirmos serão colocados para cuidar principalmente da covid-19, já que os casos têm aumentado.
Com o aumento da oferta de leitos, conseguimos reduzir o percentual de ocupação, um dos quesitos considerados na avaliação do governo estadual para a classificação das regiões no Plano São Paulo. Há, no entanto, outros fatores que são considerados, como o aumento de casos, aumento de internações e de número de óbitos pela doença. Por isso, o fundamental é mesmo reduzir todos os índices, notadamente diminuir o contágio, que é onde tudo tem início. Quanto menos doentes tivermos, menor será o número de internações, de ocupação de leitos de enfermaria e UTI e de mortes. Assim, a principal solução é reduzir contágio de forma significativa.
Constantemente temos notícias de realização de festas clandestinas, partidas de futebol e outros esportes coletivos, prática de caminhadas e exercícios de pessoas sem a devida proteção. Também muitos são os estabelecimentos que atuam em atividades não essenciais que desrespeitam as regras de distanciamento social e mantêm atendimento ao público de forma irregular, com aglomerações e até a pessoas sem máscara. E sem a conscientização das pessoas no cuidado delas próprias e de outras, não haverá redução do contágio. Porque não haverá fiscalização suficiente para orientar e reprimir os desobedientes.
É compreensível que as pessoas têm afazeres e precisam sair de casa, notadamente durante a semana, quando muitos trabalham ou precisam desempenhar alguma tarefa. Mas mesmo nos finais de semana, quando se acredita que as pessoas estejam em suas casas, os percentuais de distanciamento não têm aumentado de forma significativa. E é imprescindível aumentarmos esse índice. Assim como precisamos tomar todas as precauções complementares, como o usar máscaras, higienizar constantemente as mãos, evitar tocar olhos, nariz e boca etc. Só assim vamos melhorar nossos índices, avançar no Plano São Paulo e, o mais importante, diminuir o número de doentes.