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Recra deve custar R$ 44,4 mi ao Sesc

Segundo a Vegas Leilões, se a Justiça de Ribeirão Preto aceitar a proposta o pagamento será à vista, em prazo máximo de cinco dias úteis

Serviço Social do Comércio (Sesc) deverá adquirir o imóvel que serve de sede da Sociedade Recreativa e de Esportes de Ribeirão Preto, a Recra Cidade (Alfredo Risk)

O Serviço Social do Comércio (Sesc) deverá adquirir o imóvel que serve de sede da Sociedade Recreativa e de Esportes de Ribeirão Preto, a popular Recra Cidade, localizado na avenida Nove de Julho nº 299, entre as ruas Visconde de Inhaúma e Bernardino de Campos, no Centro, por R$ 44,41 milhões.

A proposta foi feita durante leilão judicial na última quinta-feira, 25 de julho. Segundo a Vegas Leilões, se a Justiça de Ribeirão Preto aceitar a proposta, o pagamento será à vista, em prazo máximo de cinco dias úteis. O valor seria suficiente para bancar a dívida trabalhista da Recra, avaliada em cerca de R$ 40 milhões. O caso está em análise na 9ª Vara Federal.

A compra do prédio da Recra Cidade foi aprovada em reunião do Conselho Estadual do Serviço Social do Comércio, realizada na noite de 25 de junho, e divulgada com exclusividade pelo Tribuna. O colegiado é formado por 48 integrantes, sendo 24 titulares e 24 suplentes.

O conselheiro estadual do Sesc pela região e presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Ribeirão Preto (Sincovarp), Paulo Cesar Garcia Lopes, também confirmou ao Tribuna a aprovação da compra pelo Conselho Estadual. Ele, inclusive, encaminhou voto favorável pela aquisição do imóvel da Sociedade Recreativa e de Esportes.

Em junho, o Sesc havia informado que a negociação ainda dependia de aprovação pelo Conselho Nacional. Segundo Lopes, a aquisição é importante para a cidade e para a região da avenida Nove de Julho e fundamental no processo e revitalização esta área do centro que faz divisa com o Jardim Sumaré.

“Será uma imensa conquista e uma oportunidade ‘única’ para Ribeirão Preto, para a região da avenida Nove de Julho, que tanto vem sofrendo com as obras de mobilidade, para comerciantes e comerciários, e para toda a nossa população”, destaca Paulo César Garcia Lopes, em nota.

A situação dos sócios da Sociedade Recreativa e de Esportes não foi tema da reunião e este assunto será discutido posteriormente com a o próprio clube caso o negócio seja concretizado. Sesc e Recreativa não comentaram a proposta de arremate feita nesta semana.

O Sesc despertou interesse no imóvel no final do ano passado, quando a sede da Recra Cidade o imóvel foi colocado em leilão pela 9ª Vara da Justiça Federal. O objetivo era quitar cerca de R$ 4 milhões em dívidas fiscais. O prédio está avaliado em R$ 30 milhões.

Na ocasião, a aquisição não foi adiante porque um grupo empresarial da cidade também teria demonstrado interesse em adquirir o local, o que acabou não acontecendo. No dia 17 de abril, o colunista do Tribuna, Amir Calil Dib, publicou com exclusividade na coluna “No radar do Amir” o início das negociações.

No começo do ano, o Sesc iniciou um estudo de viabilidade para adquirir a sede da Recra. Em comunicado distribuído no dia 18 de abril, e assinado pela diretora regional em exercício, Carla Bertucci Barbieri, a entidade informou que estava realizando um estudo sobre o imóvel.

Disse que a partir desse estudo poderia ser avaliada a possibilidade de sua aquisição. “Por ser um recente estudo, neste momento, não faz parte do plano de expansão do Sesc São Paulo, divulgado em maio de 2023”, dizia o texto do Sesc.

Segundo outro conselheiro ouvido pela reportagem, a compra será feita com a intermediação da Justiça Federal. O valor de R$ 44,41 milhões deverá ser depositado em juízo após todos os trâmites legais. A reportagem também entrou em contato com a Diretoria Estadual do Sesc em São Paulo, em junho.

Por meio de nota, informou que o Sesc estava avaliando a possibilidade de aquisição do imóvel. “Caso tenhamos novidades sobre o plano de expansão da instituição, informaremos à imprensa”, dizia o texto. Com cerca de 17 mil metros quadrados, o imóvel da Recra Cidade é equivalente a doze campos de futebol.

Possui quadras de vôlei, de basquete e de tênis, pista de atletismo, além de uma piscina semiolímpica e um salão de bailes. Entre as décadas de 1970 e 1990, o clube era palco de bailes e shows que movimentavam a sociedade ribeirão-pretana.

No esporte na década de 1980, a Recreativa revelou para o país a levantadora Fernanda Venturini no vôlei com uma equipe que chegou ao título brasileiro no ano de 1993. Foi das piscinas do clube que saiu o primeiro atleta de Ribeirão Preto que disputou uma olimpíada: Otávio Mobiglia foi destaque brasileiro nos Jogos Olímpicos de Helsinque (Finlândia), em 1952, e Melbourne (Austrália), em 1956.

 

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