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Recadastramento vai até 3 de maio

O governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) decretou na ter­ça-feira, 28 de março, a prorro­gação para o recadastramento de armas de fogo para o dia 3 de maio. O prazo que venceria na próxima segunda-feira, 3 de abril, foi adiado após solicitação de parlamentares ligados ao ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino (PSB).

Segundo decreto que foi publicado no Diário Oficial da União nesta quarta-feira (29), as armas serão “cadas­tradas no Sistema Nacional de Armas (Sinarm) até 3 de maio de 2023, ainda que ca­dastradas em outros sistemas”. “O diretor-geral da Polícia Federal poderá estabelecer procedimento especial para a apresentação de armamentos, motivado por questões de lo­gística e segurança”, diz.

“O procedimento especial referido poderá prever a apre­sentação de armamentos às equipes da Polícia Federal em local distinto das respectivas delegacias”, estabelece o docu­mento. O recadastro parte de uma política de maior controle na circulação de armas no país.

Dados de janeiro divulga­dos pelos institutos Sou da Paz e Igarapé por meio da Lei de Acesso à Informação revelam que a quantidade de armas em acervos particulares no Brasil (aqueles que não pertencem aos órgãos públicos) mais que dobrou nos últimos cinco anos – em 2018, o total era de 1,3 milhão de armas em coleções privadas e atualmente está pró­ximo de três milhões.

No último dia 20 de março, o ministério havia informado que das 762.365 armas regis­tradas no Sistema de Gerencia­mento Militar de Armas (Sig­ma), mantido pelo Exército, 613.834 já haviam sido recadas­tradas. Cerca de 81% do total. Na ocasião, Dino havia afirma­do que não adiaria o prazo de recadastramento, no entanto, cedeu aos parlamentares.

O crescimento do núme­ro de armas no país se deu na gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) que facilitou as regras de acesso de civis a esse tipo de equipamento. Os acervos particulares incluem armas de caçadores, atirado­res desportivos e colecionado­res (CACs).

Também inclui armas de cidadãos com registro para defesa pessoal, caçadores de subsistência; servidores civis (como policiais e guardas ci­vis) com prerrogativa de porte e que compraram armas para uso pessoal; membros de ins­tituições militares (policiais militares, bombeiros milita­res) que compraram armas para uso pessoal.

Número de armas
Durante sessão da Comis­são de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) realizada na terça-feira na Câmara dos Deputados, o ministro Flávio Dino foi convidado a respon­der dúvidas sobre a política de controle de armas. Em sua fala, Dino destacou que o nú­mero de armas recadastradas superou as armas que estavam cadastradas no país, mas não citou números.

Recadastramento
O registro de armas é fei­to em dois sistemas, o Sigma, que registra os armamentos em nome dos CACs, manti­do pelo Exército, e o Sistema Nacional de Armas (Sinarm), mantido pela PF, que faz o re­gistro de armas de civis, den­tre elas: armas de empresas de segurança privada, policiais civis, guardas municipais e pessoas físicas com autoriza­ção de posse ou porte.

O recadastramento atual, teve início em fevereiro, está sendo feito pela PF e pretende condensar todas as informa­ções sobre armamento civil no Sinarm, incluindo aquelas que ficam no banco de dados do Exército. A determinação feita pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva suspende os registros para aquisição e transferência de armas e de munições de uso restrito por CACs.

Segundo o governo fe­deral, as pessoas com armas que não fizerem o recadastra­mento podem sofrer sanções, como a apreensão das peças. Além disso, pessoas que de­cidirem por não ter mais as armas podem entregá-las em um dos postos de coleta da campanha do desarmamento que deve ser consultado.

Após finalização do pro­cesso, uma proposta de novo decreto com regras sobre aqui­sição de armas, obtenção de posse ou porte e funcionamen­to de clubes de tiro deve ser apresentada ao presidente da República para maior regulação do armamento à população.

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