A Petrobras anunciou nesta quarta-feira, 4 de julho, que aumentou em média de 4,4% o chamado gás de cozinha, referente a um botijão de 13 quilos de Gás Liquefeito de Petróleo (GLP). O novo preço, sem tributos, será de R$ 23,10 na refinaria. No acumulado do ano, o GLP-13 acumula queda de 5,2% em relação a dezembro de 2017, segundo a estatal. Os novos preços entram em vigor nesta quinta-feira (5) e o reajuste deve ser repassado ao consumidor nos próximos dias.
Pelo levantamento de preços da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), o preço médio do botijão de 13 quilos ao consumidor no Brasil é de R$ 68,28, sendo o maior preço de R$ 115 e o menor de R$ 50. Ribeirão Preto lidera o ranking de cidades que vendem o botijão de gás mais caro do estado de São Paulo. O município está no topo da lista desde outubro do ano passado, com algumas oscilações, mas sempre entre os cinco preços mais elevados do interior paulista. Mais de um mês depois da greve dos caminhoneiros, o cenário é o mesmo. O produto ribeirão-pretano é o único com valor médio acima de R$ 80.
Segundo a pesquisa da ANP, realizada entre 24 e 30 de junho, em 108 municípios paulistas, o preço do Gás Liquefeito de Petróleo (GLP) envasado em botijões de 13 quilos, o popular gás de cozinha, custa em média R$ 80,52 em Ribeirão Preto (mínimo de R$ 73 e máximo de R$ 90). Em relação à semana anterior, quando o preço médio era de R$ 80,81 (piso e teto não sofreram alterações), houve uma leve queda de 0,35%, desconto de R$ 0,29
Os revendedores pagam R$ 52 por unidade. A diferença chega a R$ 28,52, com variação de 54,8%. Em Ribeirão Preto, as 24 distribuidoras de gás vendem 3.300 unidades por dia para os revendedores. O quadro é praticamente o mesmo desde que a Petrobras implantou a nova forma de cálculo para reajuste, alterada posteriormente, mas que deixou sequelas.
O valor médio cobrado do consumidor em Ribeirão Preto (R$ 80,52) está R$ 5,35 acima do praticado pela segunda colocada do ranking, Araraquara, onde o botijão custa R$ 75,17 em média (mínimo de R$ 70 e máximo de R$ 85), variação de 7,1%. Em relação ao valor mais baixo do estado de São Paulo, praticado em Cruzeiro, de R$ 55,43 (mínimo de R$ 53 e máximo de R$ 60), a diferença para o GLP vendido em Ribeirão Preto chega a R$ 25,09, com variação 45,2%.
O gás de cozinha começou a ter reajuste trimestral em janeiro deste ano “para suavizar os repasses da volatilidade dos preços ocorridos no mercado internacional para o preço doméstico”, disse a Petrobras na época. Em nota no seu site, a empresa apontou como motivos o ajuste à alta da cotação internacional do GLP, que subiu 22,9% entre março e junho, período em que a desvalorização do real frente ao dólar foi de 16%.
Segundo a Petrobras, o impacto ao consumidor brasileiro seria maior do que o concedido, mas foi diluído pela combinação entre o período de nove meses usado como base para o cálculo do preço, conforme definido na metodologia anunciada em janeiro, e do mecanismo de compensação que permitirá que eventuais diferenças entre os preços praticados ao longo do ano e o preço internacional sejam ajustadas ao longo do ano seguinte, conciliando a redução da volatilidade dos preços com os resultados da estatal.