Tribuna Ribeirão
Política

Reaberta a CEE dos Combustíveis

Foi oficialmente reaberta na manhã desta quinta-feira, 4 de janeiro, na Câmara de Ribeirão Preto, a Comissão Especial de Estudos (CEE) que vai apurar a suposta existência de “cartel” de preços nos postos de combustí­veis que operam na cidade.

A CEE foi criada em 2015 e era presidida pelo ex-vereador Samuel Zanferdini (PSD) até o segundo semestre de 2016, mas acabou arquivada depois do afastamento judicial do parla­mentar, um dos nove ex-verea­dores investigados na Operação Sevandija – ele nega a prática de atos ilícitos. Com o fim da le­gislatura, foi engavetada, como determina o Regimento Interno (RI) do Legislativo.

Reaberta após a aprovação de requerimento apresenta­do por Ariovaldo de Souza, o “Dadinho” (PTB), a CEE será composta agora também por Fabiano Guimarães (DEM), indicado relator, e Jean Corau­ci (PDT). A comissão terá 120 dias úteis para concluir os tra­balhos e apresentar relatório, mas esse prazo é prorrogável pelo mesmo período.

Na cerimônia de reabertura foi apresentado um cronogra­ma prévio de trabalho, que in­clui convites para depoimento a Feres J. Najim, chefe da Divisão de Gerenciamento do Procon de Ribeirão Preto, Glauco Peter Alvarez Guimarães, delegado titular da Receita Federal, e Ar­mando Vicente Borges, delega­do adjunto do Fisco na região.

A CEE decidiu ainda enca­minhar ofícios ao setor e inteli­gência da Delegacia Seccional de Ribeirão Preto solicitando cópias do inquérito nº 05/016, que in­vestigou o suposto alinhamento de preços nos postos da cidade, e ao Ministério Público Estadual (MPE), indagando se existe al­gum procedimento interno ou ação judicial referente a possível existência de prática de alinha­mento de preços de combustí­veis na cidade.

Nas pesquisas semanais da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), a gasolina e o etanol comercializa­dos em Ribeirão Preto aparecem constantemente entre os mais caros do estado (leia matéria no caderno de Economia, na página A6). “Dadinho” diz que os tra­balhos da CEE têm o objetivo de comprovar uma suspeita que exis­te há muitos anos – a “cartelização” dos preços dos combustíveis na ci­dade, a partir de uma combinação entre os donos dos postos.

Apesar da retomada da CEE, vários inquéritos civis já foram instaurados pelo MPE e as de­núncias foram julgadas impro­cedentes, inclusive pelo Conse­lho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), órgão fe­deral responsável por inves­tigar e punir cartéis. Uma das ações foi impetrada pelo então promotor de Defesa do Con­sumidor, o atual vice-prefeito Carlos Cezar Barbosa.

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