O picadeiro itinerante da Cia. Raros Circus, de Ribeirão Preto, abre a segunda temporada do ano às dez horas desta sexta-feira, 11 de fevereiro, levando o espetáculo “Clownflitos Amorosos” para unidades da Fundação Casa nas cidades de Araraquara, Batatais, Sertãozinho e Ribeirão Preto. As apresentações integram o projeto Mostra de Repertório Circense, que a companhia estreou no início de janeiro.
A primeira parada será na cidade de Batatais. Além do entretenimento artístico-cultural, o objetivo da mostra é envolver os adolescentes, jovens e equipe técnica da fundação com debates em torno de diferentes temáticas. Em “Clownflitos Amorosos”, a importância do respeito e da convivência com o outro é o mote do roteiro.
Os personagens da história são os palhaços Pitiquinho e Menininha, que são muito amigos, mas têm um desentendimento antes de entrarem em cena. Por causa disso, o que se vê no palco é a busca pelo restabelecimento da amizade. Com comicidade e poesia, a encenação toca em questões como o diálogo e reconhecimento do valor ao próximo e as dificuldades das relações humanas.
O espetáculo une técnicas de malabarismo, equilibrismo, palhaçaria clássica, mágica, acrobacias e música. Sempre após o encerramento da apresentação, a Cia. Raros Circus realiza uma roda de conversa para uma troca sobre questões artísticas e profissionais.
Todo o trabalho da Mostra de Repertório Circense junto às unidades da Fundação Casa é focado na democratização do acesso à arte e à cultura para os internos, que cumprem medidas socioeducativas em situação de privação de liberdade. “Os internos são parte da sociedade e, como tal, têm direito à arte e cultura, além de poderem ter novos olhares sobre a vida”, diz o artista João Marcílio.
De acordo com o secretário da Justiça e presidente da Fundação Casa, Fernando José da Costa, a democratização da arte é uma ação extremamente necessária. “O acesso à arte e à cultura caminham juntamente com o processo educacional, pois a ludicidade é uma das muitas ferramentas usadas para transmitir conhecimento, valores e também motivar os jovens a desenvolverem seu pensamento crítico”, conclui.