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Raquel diz que greve já atinge direitos fundamentais

A procuradora-geral da Repú­blica, Raquel Dodge, afirmou nesta terça-feira (29) que a paralisação de caminhoneiros não tem somen­te como consequência uma crise de abastecimento, mas “já atinge direi­tos fundamentais no país.”

Raquel Dogde fez as declarações durante sessão do CNMP (Conselho Nacional do Ministério Público), presi­dido por ela. A procuradora-geral dis­se que o MP “não fechou as portas” e mantém funcionamento regular.

Dodge comunicou aos conse­lheiros do CNMP a criação de um comitê de acompanhamento das consequências da paralisação, ins­tituído por ela via portaria publicada na última sexta-feira (25). Segundo ela, o MP “está atento” a abusos de­correntes da paralisação.

“É certo que há o direito à gre­ve, que há o direito ao protesto e à reivindicação, mas também há uma responsabilidade de um abuso da situação, que possa resultar em prejuízo a indivíduos, ao público e à sociedade, notadamente na área de serviços públicos e de utilidade pú­blica”, disse Raquel Dodge.

A PGR, no entanto, não detalhou se alguma providência já foi tomada no sentido de processar eventuais responsáveis por abusos. Ela afir­mou que a prioridade de atuação tem sido identificar cargas de materiais hospitalares e orientar as forças de segurança para que façam a escolta desses carregamentos até o destino.

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