Tribuna Ribeirão
Política

‘Rachadinha’ – Rodini será relator do caso Zerbinato

FOTO: ALFREDO RISK

O Conselho de Ética e De­coro Parlamentar da Câmara de Ribeirão Preto vai oficia­lizar nesta terça-feira, 15 de fevereiro, o nome de André Rodini (Novo) para a relatoria do processo de investigação da suposta “rachadinha”, que en­volve denúncia contra Sérgio Zerbinato (PSB).

Rodini substituirá Brando Veiga (MDB). Ele deixou o Con­selho de Ética em 1º de fevereiro, quando a Câmara definiu a nova composição do colegiado e das 15 comissões permanentes. A reunião desta terça-feira será às 17 horas. No encontro também deverão ser definidas as próxi­mas etapas das investigações.

Zerbinato é acusado pela ex­-assessora parlamentar Ivanilde Ribeiro Rodrigues de comandar, entre janeiro e agosto de 2021, um esquema de “rachadinha” dentro de seu gabinete. No Le­gislativo, o vereador é alvo do pedido de cassação protocolado na Câmara por dois munícipes.

Já na esfera judicial, o parla­mentar é alvo de ação por im­probidade administrativa pro­posta pelo Ministério Público de São Paulo (MPSP) por intermé­dio do promotor Sebastião Sér­gio da Silveira. A ação foi distri­buída para a 2ª Vara da Fazenda Pública de Ribeirão Preto.

Está sob a responsabilida­de da juíza Lucilene Aparecida Canella de Melo. Ela deu prazo de 30 dias, contados a partir da citação, para que ele se manifeste e conteste as acusações de que é alvo. A notificação foi expedida no dia 14 de janeiro.

No começo de fevereiro, o Ministério Público enviou para o Conselho de Ética da Câmara cópia de todos os documentos das investiga­ções. A documentação foi so­licitada ao MP pelo colegiado para subsidiar as investigações feitas pelo Legislativo.

Em entrevista exclusiva dada ao Tribuna, publicada no dia 6 de fevereiro, Sérgio Zerbinato negou as acusações e afirmou que são resultado de uma articu­lação política que tem interesses diretos em uma eventual cassa­ção de seu mandato.

Diz que as articulações são motivadas pelo suplente do par­tido (o cabelereiro Giomário) e que isso já foi apontado em sua defesa feita junto à Câmara. Ga­rante que sua ex-assessora teria se unido ao suplente e que existem vários relatos de encontros reali­zados entre os dois, assim que ela foi afastada de seu gabinete.

“O Giomário nunca aceitou o fato de não ter ganhado pelo voto popular. Tentou em ou­tros momentos fazer acusações infundadas, foi atrás de outras pessoas ligadas a mim com o mesmo objetivo, mas não teve sucesso”, afirmou na entrevista.

O prazo máximo para con­clusão pelo Conselho de Ética das investigações contra o ve­reador é de 90 dias contados da data da notificação feita pelo órgão. Como Zerbinato foi no­tificado no dia 16 de dezembro do ano passado, o prazo vence em 16 de março.

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