Autorização foi dada liminarmente pelo Tribunal Regional Eleitoral, após grupo destituído do comando, ingressar com mandado de segurança
Um racha interno na Comissão Provisória do Partido Social Liberal (PSL) de Ribeirão Preto foi parar na justiça eleitoral que liminarmente autorizou a realização de convenções para escolha dos candidatos a prefeito e vereadores pelos dois grupos que disputam o comando do partido na cidade.
O primeiro grupo é liderado pelo empresário Rodrigo Junqueira, que deseja disputar a prefeitura, mas que foi destituído da direção da legenda pela Executiva Estadual do PSL no dia 4 de setembro.
No começo de agosto Junqueira chegou a divulgar que em reunião com a Executiva Estadual do PSL, comandada pelo deputado federal e vice-presidente Nacional da legenda, Júnior Bozzella, que o seu nome estava definitivamente aprovado para a disputa eleitoral em Ribeirão Preto. Contudo, foi Bozella que tirou Junqueira da presidência.
O segundo grupo é liderado por Caio Fernando dos Santos, popularmente conhecido por Caio Abraham. Antigo assessor de Junqueira ele foi colocado como presidente da legenda na cidade pela Executiva Estadual, depois do partido desistir de candidatura própria nas eleições municipais deste ano. Em vez de lançar Junqueira, o partido optou por fazer coligação com o MDB e apoiar a candidatura de Cristiane Framartino Bezerra à prefeitura.
Insatisfeito com a destituição do cargo e com o fim de sua candidatura Junqueira recorreu à Justiça Eleitoral para reverter a situação. Em Ribeirão Preto teve o pedido negado e ingressou com um mandado de segurança no Tribunal Regional Eleitoral (TRE) que autorizou liminarmente, nesta terça-feira, que seu grupo também realizasse convenção partidária para definição das candidaturas. A convenção está sendo realizada durante o dia desta quarta-feira.
Já a convenção do grupo da Caio Abraham foi realizada na terça-feira e homologou a coligação com o MDB e lançou o capitão da Polícia Militar Edilson Del Vechio Filho como vice. Del Vechio ingressou na Polícia Militar do Estado de São Paulo em fevereiro 2004 e terá que se licenciar da PM para disputar a eleição.
Na decisão do TRE, o relator do processo, Afonso Celso da Silva, determinou que “ficam resguardadas as atuações de ambos os diretórios”. Ou seja, os dois grupos podem realizar os atos necessários para participar das eleições, até a análise do mérito da ação pela Justiça. A Justiça deverá decidir também qual das duas convenções será oficializada. O grupo que atualmente está no comando da legenda já entrou com recurso no TER pedindo a revisão da decisão liminar.