A Ticket, plataforma de benefícios para alimentação, transporte, premiações, bem-estar, educação, home office, antecipação salarial e cultura, voltou a questionar consumidores (neste ano foram cerca de 2000 participantes) sobre como pretendem distribuir presentes neste Natal.
O resultado foi que 39% disseram que presentearão apenas familiares mais próximos, enquanto 38% responderam que dependerá do próprio orçamento. Apenas 9% pretendem presentear todos os familiares e 6% não querem dar presentes para ninguém.
Quando questionados sobre quando fazem a entrega dos presentes, 43% disseram que aguardam a meia-noite para distribui-los, enquanto 19% o fazem na véspera e 38% não seguem uma regra de horário.
Sobre o valor que pretendem investir em presentes de Natal, 19% mencionaram que devem desembolsar entre R$ 100 e R$ 200; enquanto 18% entre R$ 200 e R$ 300. Outros 17% devem gastar até R$ 100, e 14% citaram entre R$ 400 e R$ 500. Apenas 6% pretendem investir valores acima de R$ 1.000.
Levantamento semelhante, realizado pela Hibou, empresa de monitoramento e insights de consumo, com mais de 1.200 entrevistados, aponta que 51% dos brasileiros pretendem presentear este ano.
Entre os entrevistados, 31% afirmaram que não comprarão presentes, citando como principais motivos a falta de dinheiro (32%) e o endividamento (14%). Além disso, 18% ainda não decidiram, enquanto 14% dos brasileiros passarão o Natal sozinhos — um aumento de três pontos percentuais em relação ao ano passado.
Apesar do cenário desafiador, 40% enxergam o Natal como uma oportunidade de renovação da esperança para o futuro, destacando o caráter simbólico dos dados, mesmo em tempos de restrição.
Os filhos despontam como prioridade na hora de apresentar, indicados por 54% dos entrevistados, enquanto parceiros (48%) e pais (47%) tiveram quedas significativas nas preocupações de presente, refletindo uma tendência de foco nos familiares mais próximos.
Roupas e perfumes lideram desejos
Os itens tangíveis ganharam força este ano. Roupas (22%) e perfumes (10%) são os presentes mais desejados, seguidos por eletrônicos (11%). A saúde, que liderou as preocupações de presente em 2023 (32%), caiu para apenas 9%, diminuindo uma posição das prioridades para necessidades mais práticas e materiais.
Já para os que compram presentes, vestuário e acessórios lideram as listas de compras (64%), seguidos de perfumes e cosméticos (35%) e brinquedos (34%). A pesquisa também mostra o fortalecimento do e-commerce como canal de compras natalinas: 56% dos brasileiros optam por plataformas online, enquanto 49% ainda devem recorrer às compras, uma queda de nove pontos percentuais em relação a 2023. As lojas de rua continuam relevantes, com 43% dos interessados em comprar.
Solidão
Um dado preocupante é o aumento de brasileiros que passarão o Natal sozinhos, que subiu para 14%. Apesar disso, o sentimento de esperança se mantém firme para 40% dos entrevistados, e 47% veem os dados como uma oportunidade de reunir a família.
“A pesquisa reflete a dualidade do Natal brasileiro: mesmo em meio às restrições financeiras e emocionais, o simbolismo dos dados se mantém vivo. É um momento de adaptação, mas também de conexão e significado”, afirma Ligia Mello, CSO da Hibou e coordenadora do estudo.
Os brasileiros estão ajustando o consumo ao orçamento: 44% financiam os gastos com o salário do mês, enquanto 20% utilizam a segunda parcela do 13º. Um número expressivo (33%) antecipou as compras na Black Friday, aproveitando as promoções para garantir os presentes.