Até o final da tarde desta sexta-feira, 26 de novembro, a Fundação Procon de São Paulo (Procon-SP) havia recebido 310 reclamações de consumidores que tiveram problemas nas compras ou contratações na Black Friday. No mesmo período e horário de 2020, o órgão de proteção ao consumidor havia registrado 280 demandas. O aumento em 2021 chega a 10,7%, com 30 queixas a mais.
A reclamação mais relatada até o momento foi quanto a atraso ou não entrega de produto/serviço, um total de 78, que correspondem a 25% do total dos casos. Outros dos principais problemas relatados foram: pedido cancelado após a finalização da compra (51 reclamações, 16% do total); mudança de preço ao finalizar a compra (47 queixas, 15%); maquiagem de desconto – quando o desconto oferecido não é real (43 casos, 14%); produto ou serviço indisponível (26 casos, 8% do total).
“Os consumidores devem usar todos os canais disponíveis para se informar e reclamar nesta Black Friday. Quem tiver algum problema com sua compra deve fazer uma reclamação no site do Procon-SP a qualquer hora, assim que acessar a página, o internauta encontra um espaço específico para os registros sobre a data. Nós tomaremos todas as providências para que o consumidor tenha seus direitos respeitados”, afirma Fernando Capez, diretor executivo do Procon-SP.
Já nas redes sociais, também até o final da tarde desta sexta-feira, a Fundação Procon de São Paulo havia recebido um total de 280 consultas sobre o tema. No mesmo período e horário de 2020, foram 178, o que revela um aumento de 57,3% do ano passado para este, 103 casos a mais.
As vendas da promoção Black Friday devem movimentar o varejo ribeirão-pretano, tanto o físico quanto o eletrônico. Nesta época, que antecede o Natal consumidores de todo o mundo vão às compras de fim de ano, atrás de preços mais atrativos.
O Sindicato do Comércio Varejista de Ribeirão Preto e Região (Sincovarp) – atende 43 cidades – diz que o movimento foi intenso nesta sexta-feira, apesar da chuva. A entidade espera alta de 17,5% nas vendas físicas e de 25% nas compras online em comparação com o mesmo período de 2020. Esta é a primeira onda de vendas de fim de ano, uma vez que coincide com a primeira parcela do décimo terceiro salário.
Essa expectativa não é compartilhada pelo gestor de Comunicação e Relações Institucionais da Associação Comercial e Industrial de Ribeirão Preto (Acirp), Carlos Ferreira. Para ele, mesmo sabendo que a Black Friday irá impulsionar as receitas de inúmeros estabelecimentos, a avaliação neste ano é bem pouco otimista.
Carlos Ferreira ainda pontua que os dez produtos mais buscados, segundo ranking do Buscapé, são celular e smartphone, fogão, TV, geladeira, lavadora de roupas, notebook, tênis, ar-condicionado, pneus para carros e guarda-roupas. A partir disso, acredita que a realidade de Ribeirão Preto não será muito diferente da nacional.
Em Ribeirão Preto, o montante esperado para o ano passado era de R$ 25,3 milhões, acréscimo de R$ 500 mil em relação aos R$ 24,8 milhões de 2019, alta de 6%, já descontada a inflação e com crescimento real de 1,8%. Um levantamento realizado pelo Instituto de Economia Maurílio Biagi (Iemb) da Acirp aponta que o pagamento das duas parcelas do décimo terceiro salário deve injetar R$ 652.574.613,58 líquidos na economia ribeirão-pretana.
E-commerce
Levantamento da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm) indica crescimento significativo nas vendas e no faturamento.
As lojas virtuais do Brasil esperavam movimentar R$ 6,38 bilhões apenas nas 24 horas da sexta-feira. É um crescimento 25% superior ao faturamento registrado em 2020, que já havia sido positivo em razão da aceleração digital provocada pela pandemia de covid-19. Na ocasião, as vendas passaram de R$ 5,1 bilhões.
Ao todo, mais de 10,28 milhões de pedidos serão concluídos ao longo da Black Friday, com um tíquete médio de R$ 620 – no ano passado, o valor médio foi de R$ 668,70. As categorias “informática”, “celulares”, “eletrônicos”, “moda e acessórios” e “casa e decoração” estão em alta no período.