A Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) lançou, na semana passada, a emissão especial Queijos do Brasil, em parceria com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae). O evento será transmitido, a partir das 17 horas, no canal da instituição no Youtube.
O queijo artesanal é muito apreciado pelos consumidores brasileiros. Sua produção começou na época do Brasil Colônia, e vem cada vez mais ganhando espaço e se consolidando. Os selos são ilustrados com fotos de queijos das cinco regiões brasileiras.
A emissão é composta por oito fotos de autoria de Angélica Gitana Batista Gomes, Fernando Coleho Sette Câmara, Fernando Kluwe Dias, Maria Luiza Giudicissi Valente, Remy Narciso Simão e Susete Oliveira Resende Ferreira, além da Associação dos Produtores Artesanais de Queijo do Serro.
Os selos possuem arte final de Jamile Costa Sallum, dos Correios. Com tiragem de 320 mil exemplares e valor unitário de R$ 1,05, a folha com 16 selos está disponível para venda na loja virtual e nas principais agências da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos.
Queijo Marajó – Belém (PA)
Com 200 anos de história, este queijo chegou ao Brasil por meio dos colonizadores portugueses e franceses. Produzido do leite de gado bubalino ou de uma composição do leite bubalino e bovino, este queijo pode ser do tipo manteiga ou do tipo creme.
A relevância da indicação geográfica para o produto é imensa, por valorizar e proteger a maneira de fazer, a cultura, a identidade e agregar valor aos produtos tradicionais, abrindo mercados, promovendo o desenvolvimento econômico da ilha.
Queijo Cabacinha do Araguaia – Goiânia (GO)
Declarado patrimônio cultural nos Estados de Goiás e do Mato Grosso, este queijo possui, internamente, camadas como uma cebola. O modo de preparo é diferente de queijos cabacinha de outras regiões.
Apresenta o sabor do leite mais característico. Podendo ser servido frito, ele fica crocante por fora e cremoso por dentro. O queijo é comercializado congelado e curado.
Queijo Coalho – Recife (PE)
Com registros de descrição no século XVII, o sertanista Pery Lamartine relatava que o Queijo de Coalho era o queijo de consumo da casa e de venda na feira local.
Queijo de Manteiga – Natal (RN)
O Queijo de Manteiga, produzido junto ao Queijo Coalho, foi relatado pelo sertanista Pery, como um queijo próprio para “conservação”, produzido para guardar para os longos períodos de seca e também para comercializar em longas distâncias.
Queijo Artesanal Serrano – Porto Alegre (RS)
Considerado o primeiro queijo com indicação geográfica na modalidade denominação de origem do Brasil, é produzido localmente e em pequena escala com um modo de fazer passado de geração a geração.
Exclusivo da região dos Campos de Cima da Serra de Santa Catarina e no Rio Grande do Sul, o queijo artesanal Serrano é feito com leite bovino cru e integral. Por isso, possui sabor, aroma e textura bem peculiares.
Queijo da Região do Diamante – Florianópolis (SC)
Trata-se de queijo produzido com leite cru, a uma altitude média de 700 metros, conferindo-lhe características especiais, influenciadas pela temperatura, umidade e suas pastagens nativas. É um queijo produzido por aproximadamente 25 famílias.
Queijo Minas Artesanal – Belo Horizonte (MG)
A produção deste queijo surgiu no século XVIII para a subsistência das famílias instaladas nos territórios minerados e para abastecer outras regiões da província e também para a então capital Rio de Janeiro.
Com dez mil famílias dedicadas a sua produção, o governo de Minas Gerais reconhece oficialmente oito regiões produtoras do Queijo Minas Artesanal (Araxá, Campo das Vertentes, Canastra, Cerrado, Serra do Salitre, Serras do Ibitipoca, Serro e Triângulo).
Queijo Artesanal Paulista – São Paulo (SP)
Considerado inovador, este queijo é uma sinergia entre produtores de diversas regiões do estado. Cada produtor possui suas características, história, rebanho, mas sempre com o mesmo propósito – levar ao consumidor produtos elaborados com técnica, qualidade e muito sabor.