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Queda de avião em Maraú – Vítimas de acidente continuam internadas

FERNANDA FREIXOSA/VICAR

Sete das dez pessoas que estavam a bordo do avião bi­motor Cessna 550 que caiu na última quinta-feira (14) ao tentar pousar na pista de um resort localizado na praia de Barra Grande, em Maraú, no litoral sul da Bahia continuam internadas, em estado grave, no Hospital Geral do Estado, em Salvador.

Entre os feridos há uma criança de seis anos. Todas as dez pessoas que viajavam de Jundiaí, no interior de São Paulo, para Maraú, sofreram queimaduras após a aeronave pegar fogo – ainda não se sabe se o incêndio começou devido a algum problema que pode ter causado a queda ou se em função do choque com o solo, ocorrido por volta das 14 horas de quinta-feira.

Três adultos morreram em função do acidente. A morte da jornalista Marcela Brandão Elias, 37 anos, foi confirmada logo após o acidente. Na noite de sábado (16) faleceu a asses­sora de imprensa Maysa Mar­ques Mussi, 27 anos. Por volta das 6h20 de domingo (17), foi anunciado o óbito do ex-piloto de Stock Car Christiano Chia­radia Alcoba Rocha, o Tuka Rocha, de 36 anos.

Marcela é mãe do menino de seis anos que sofreu quei­maduras no corpo e continua internado no Hospital Geral de Salvador, junto com seu pai, Eduardo Trajano Telles Elias, 38 anos, que também não tem previsão de receber alta médica. A jornalista era irmã de Maysa Mussi, cujo marido, Eduardo Mussi, também está entre as vítimas do acidente internadas no hospital público especia­lizado em atender vítimas de queimaduras e na realização de cirurgias reparadoras, entre outras coisas. Eduardo Mussi é irmão do deputado federal li­cenciado Guilherme Mussi.

Dados do Registro Aero­náutico Brasileiro (RAB) re­velam que o bimotor prefixo PT-LTJ pertence ao banquei­ro José João Abdalla Filho, o Juca Abdalla. Fabricada em 1981, a aeronave estava com o certificado de aeronavega­bilidade em situação regular, estando registrada e apta a realizar serviços aéreos pri­vados. Dono do Banco Clás­sico e apontado como um dos homens mais ricos do Brasil, Juca Abdalla não estava a bordo da aeronave no mo­mento do acidente.

O Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (CENIPA) e a Delegacia Territorial de Ma­raú já estão investigando as causas do acidente com a ae­ronave. O avião, um Cessna C550 fabricado em 1981 está em situação regular na Agên­cia Nacional de Aviação Civil (Anac).

Trajetória
Tuka Rocha correu na Sto­ck Car, principal categoria do automobilismo em que com­petiu, entre 2011 e 2018. O ex­-piloto deixou a categoria em julho do ano passado depois de perder o patrocinador. Ele passou por BMC, RZ e Ipiran­ga-RCM e sua última equipe foi a Vogel, pela qual ganhou o prêmio de revelação da Stock Car na sua temporada de es­treia na categoria. Tuka chegou a vencer uma prova em 2015, em Ribeirão Preto.

Além da Stock Car, Tuka Rocha também competiu em outras categorias nacionais inferiores, como a A1GP e a Fórmula Superliga, em que o paulista pilotou o carro da equipe do Flamengo. Em 2011, o ex-piloto da Stock Car tinha escapado ileso de um grave acidente. Na ocasião, o carro que pilotava pegou fogo durante uma competição no Rio de Janeiro, mas ele con­seguiu pular do veículo e não teve ferimentos graves.

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