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Quebra de sigilo atinge ex-assessores de Carlos

© REUTERS / Ueslei Marcelino

Ao quebrar o sigilo fiscal e bancário de todos os ex-funcio­nários do gabinete do hoje sena­dor Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), a Justiça fluminense acabou atingindo outros políti­cos da família Bolsonaro. Além dos oito ex-assessores do presi­dente Jair Bolsonaro que estão na mira da investigação por cau­sa de Flávio, dois servidores que passaram pelo gabinete do vere­ador carioca Carlos Bolsonaro (PSC) também tiveram a quebra de sigilo decretada.

Ligados ao ex-policial mi­litar Fabrício Queiroz, pivô do caso Coaf, Márcio da Silva Ger­batim e Claudionor Gerbatim de Lima já estiveram lotados nos gabinetes dos dois irmãos que atuaram nos Legislativos estadual e municipal do Rio, como mostrou o jornal O Esta­do de S. Paulo em reportagem publicada em abril deste ano. A quebra de sigilo investiga um suposto caso de “rachadinha”, prática por meio da qual fun­cionários devolvem parte do salário para o parlamentar que os nomeou, e lavagem de di­nheiro no gabinete do ex-depu­tado estadual Flávio Bolsonaro na Alerj, entre 2007 e 2018.

Ex-marido da atual mulher de Queiroz e pai da sua entea­da, Márcio da Silva Gerbatim foi empregado pela primeira vez no gabinete de Carlos, onde ficou entre abril de 2008 e abril de 2010. Após os dois anos de serviços na Câmara Municipal, foi exonerado por Carlos e no­meado por Flávio na Alerj como assessor-adjunto, cargo que exerceu até maio de 2011.

Já Claudionor é sobrinho da mulher de Queiroz e fez o caminho inverso ao de Márcio: trocou a Alerj pela Câmara dos Vereadores. Ele é pai de Evelyn Mayara de Aguiar Gerbatim, outra enteada de Queiroz, que esteve lotada no gabinete de Flá­vio na Alerj de agosto de 2017 até fevereiro deste ano.

Em reportagem publicada nesta quinta-feira, 16, o Estado mostrou que a prática de trocar de funcionários é comum na família Bolsonaro, que já ocu­pou todos os níveis do poder Legislativo: federal, estadual e municipal. Ao todo, 30 pesso­as já passaram por mais de um gabinete do clã, sendo 28 deles pelo do pai e de um dos filhos. Desses 30, os únicos dois que não passaram pelo gabinete de Jair Bolsonaro foram Márcio da Silva Gerbatim e Claudio­nor Gerbatim de Lima.

Em abril, Carlos Bolsonaro negou, por meio da assessoria de imprensa, que Fabrício Quei­roz tenha tido influência em seu gabinete na Câmara Municipal, onde ele é vereador desde 2001. Segundo o parlamentar, Márcio Gerbatim foi nomeado no ga­binete “face sua experiência na função de motorista e não por indicações” e que “nunca ne­nhum parente de Fabrício Quei­roz foi nomeado neste gabinete”.

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