Os vereadores Orlando Pesoti (PDT), Jean Corauci (PDT), Gláucia Berenice (PSDB) e Adauto Honorato, o “Marmita” (PR), já estão em seus novos gabinetes no prédio anexo da Câmara de Ribeirão Preto, o popular “puxadinho”. Eles são os primeiros “inquilinos” da nova sede do Legislativo, mas a mudança continua e está sendo efetuada diariamente.
A transferência obedece à sequência numérica dos atuais escritórios e não está sendo mais rápida por causa da indisponibilidade de servidores do Departamento de Informática da Câmara para atender a todos os parlamentares simultaneamente.
Como o setor só dispõe de dois funcionários para fazer a instalação dos computadores, impressoras e telefones de cada gabinete, e isso demanda tempo, a Coordenadoria Administrativa da Câmara optou pela mudança de dois parlamentares por dia. Os próximos que devem se mudar nesta terça-feira (10) são Otoniel Lima (PRB) e Bertinho Scandiuzzi (PSDB). Pela ordem cronológica, os últimos deverão ser Maurício Vila Abranches (PTB) e Waldyr Villela (PSD), que ocupam os gabinetes números 26 e 27, respectivamente.
A expectativa é de que a transferência dos 27 gabinetes termine em 24 de setembro. Ao ocupar o novo espaço, cada vereador vai assinar um termo de recebimento. Quando o mandato terminar, em dezembro de 2020, e o gabinete for desocupado, o parlamentar será responsabilizado por eventual dano causado ao local. A decoração e a instalação de equipamentos como frigobar não serão feitas pela Câmara e ficará a cargo do legislador.
O nome da futura sede do Legislativo municipal ainda não foi definido – o antigo leva o nome do jornalista Antônio Machado Sant’Anna (1906-1981). Cada escritório tem três salas, recepção, sala de assessores, gabinete do vereador e dois banheiros, um deles privativo do parlamentar, além de modernos móveis e bancadas MDF – carvalho-munique-design.
Também possui vários armários e modernas cadeiras em couro. De acordo com a Coordenadoria Administrativa da Câmara, o mobiliário teve investimento total de R$ 726 mil, economia de R$ 674 mil ou de 48,1%. A estimativa inicial era de R$ 1,4 milhão. O processo licitatório foi dividido em lotes como o de sofás, cadeiras e banquetas, mesas, armários e os balcões e estantes.
A história do anexo da Câmara Municipal teve início há quatro anos, na legislatura passada. Idealizado em 2015 na gestão do então vereador e presidente Walter Gomes (PTB), o anexo foi projetado com capacidade para abrigar os gabinetes dos 27 vereadores da atual legislatura (2017-2020). O prazo para entrega era agosto de 2016, mas não foi cumprido pela Cedro Construtora, vencedora da licitação – alegou que os recursos definidos pela licitação não eram suficientes para o término da construção.
Em outubro de 2018, o então presidente da Câmara, Igor Oliveira (MDB), assinou um aditivo no valor de R$ 1,7 milhão para a empresa retomar o projeto, que já tinha custado R$ 6,4 milhões dos R$ 6,8 milhões previstos inicialmente. No final, a obra custou ao município R$ 8.572.040,97. A decisão pelo aditivo, segundo a então Mesa Diretora, foi necessária porque se fosse feita nova licitação o custo final seria maior.