Tribuna Ribeirão
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Quadrilha explode outro carro-forte

Um bando armado com fu­zis atacou e explodiu um carro­-forte da empresa de transporte de valores Protege, na manhã desta quarta-feira, 6 de setem­bro, na Rodovia Carlos Tonani (SP-333), em Barrinha. Os cri­minosos usaram quatro carros para interceptar o blindado na altura do quilômetro 108, per­to da praça de pedágio de Ja­boticabal. Os tiros atingiram a lataria, os pneus e o para-brisas do carro-forte e o motorista foi obrigado a parar. Ele e os quatro seguranças foram rendidos e re­tirados do veículo, que recebeu uma carga de explosivos.

A explosão foi tão forte que destruiu completamente o blin­dado e entortou as defensas me­tálicas da rodovia, que foi blo­queada pelos criminosos. Até o asfalto foi danificado. O bando saqueou o dinheiro disposto em malotes e usou os carros para a fuga. Ninguém ficou ferido com gravidade. No local, foram en­contradas cápsulas de munição para fuzil ponto 50, arma capaz de derrubar um helicóptero.

Com os destroços espalhados pela pista, a rodovia foi interdita­da pela Polícia Militar Rodoviária (PMRv) para os trabalhos de perí­cia da Polícia Civil. O trânsito foi desviado para uma via marginal. Policiais militares e rodoviários, com o auxílio de um helicóptero, fizeram uma varredura na região. Até o início desta tarde, nenhum suspeito tinha sido preso. A Pro­tege informou que colabora com as investigações em curso, está à disposição das autoridades e tem como política não comentar sobre valores transportados.

À tarde, a Polícia Civil de Ser­tãozinho localizou, na região rural de Barrinha, um veículo usado na fuga dos assaltantes. O utilitário Hyundai Tucson bege metalizado com placas clonadas de São José do Rio Preto também foi explodi­do e ficou destruído. Projéteis de armamento pesado foram apre­endidos no veículo. A polícia fez um grande cerco em vicinais, ca­naviais e estradas de terras, mas até a noite desta quarta-feira não tinha pistas da quadrilha.

A Carlos Tonani ficou interdi­tada por cerca de cinco horas, nos dois sentidos. Os vigilantes do car­ro-forte prestaram depoimento à tarde, na Delegacia de Polícia Civil de Jaboticabal, e disseram que, no mínimo, seis homens participa­ram do assalto, mas a quantidade deve ser bem maior por causa da logística que o plano exigiu.

O tenente da Polícia Militar Fábio Henrique Ferreira de Ca­margo disse que os assaltantes usa­ram fuzis 762 e ponto 50 durante o roubo ao carro-forte. Parte do gru­po estava em um veículo modelo SUV blindado. O vidro traseiro do automóvel possuía perfurações por onde as armas foram apoiadas durante os disparos.

O tenente afirmou ainda que, depois de renderem os vigilantes, os ladrões explodiram o carro-for­te com dinamites e conseguiram pegar todo o dinheiro que havia dentro dele. O veículo ficou com­pletamente destruído. A quantia roubada não foi informada. O carro-forte saiu de Ribeirão Pre­to durante a manhã, passou por Barrinha e seguia para Jaboticabal quando foi interceptado por dois veículos usados pelos assaltantes próximo ao quilômetro 108 da Rodovia Carlos Tonani.

Segundo caso – Em 13 de março deste ano, dez homens ar­mados atacaram e explodiram um carro-forte da Protege no quilô­metro 100 da mesma rodovia. Os bandidos fugiram com os malotes de dinheiro, mas foram cercados pela Polícia Militar. No tiroteio, o soldado da PM Erik Henrique Ar­denghe, de 28 anos, foi atingido na cabeça e morreu.

O veículo havia sido carrega­do com dinheiro em Jaboticabal e cidades próximas e seguia para Ri­beirão Preto. Três dias depois, um veículo blindado suspeito de ter sido usado pelo grupo foi encon­trado incendiado em um canavial em Guatapará. Ninguém foi preso, apesar e a Secretaria de Segurança Pública (SSP/SP) ter oferecido re­compensa de R$ 50 mil por pistas que levassem até o bando.

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