Pelo menos por enquanto, a ministra da Mulher, Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves (PP), não se tornará cidadã ribeirão-pretana. O projeto de decreto legislativo apresentado pela vereadora Gláucia Berenice (DEM), seria votado nesta quinta-feira, 30 de setembro, mas foi adiado por uma sessão a pedido da autora.
A parlamentar não justificou o pedido de adiamento feito antes do início da sessão. Regra geral, esse tipo de pedido é comunicado aos vereadores no plenário, na hora da votação da proposta. Apesar de a parlamentar não ter justificado a retirada, o Tribuna apurou que há pressão nas redes sociais por parte de pessoas contrárias à concessão do título. Várias estiveram ontem na Câmara para se posicionar contra a honraria.
Considerada uma pessoa conservadora, Damares Alves já protagonizou polêmicas como ministra. Em 2019, após a posse de Jair Bolsonaro como presidente da República, publicou um vídeo nas redes sociais em que comemorava a “nova era”. Nas imagens, ela afirma que “menino veste azul, e menina veste rosa”. Com a repercussão negativa do vídeo, afirmou que seu objetivo foi, de fato, fazer uma declaração contra a “ideologia de gênero”, referindo-se à sexualidade das crianças.
A ministra também já apareceu em vídeo dizendo que a igreja evangélica “perdeu espaço” na ciência quando “deixou” a “Teoria da Evolução” entrar nas escolas sem questioná-la. Em uma pregação de 2013, Damares Alves já havia dito que é favorável ao ensino religioso nas escolas. No vídeo que circulou no início de 2019, ela é entrevistada pela pastora Cynthia Ferreira, então coordenadora do Portal Fé em Jesus.