A Câmara de Vereadores aprovou projeto do prefeito Ricardo Silva (PSD) que que altera a utilização dos recursos obtidos com a locação do Parque Permanente de Exposições, o popular recinto da Feira Agropecuária da Alta Mogiana (Feapam), vizinho do Aeroporto Estadual Doutor Leite Lopes, na Zona Norte da cidade, para shows e eventos.
Segundo a justificativa, os valores obtidos com o aluguel do espaço e do Kartódromo Municipal Antônio Castro Prado deverão ser obrigatoriamente empregados na manutenção do local. Atualmente, os recursos são destinados ao Fundo Municipal de Equipamentos Turísticos e utilizados para outros fins, com gerenciada Secretaria Municipal de Cultura e Turismo em conjunto com a Fazenda Municipal.
A prefeitura afirma que a mudança é necessária devido à falta de conservação do local. O projeto que transfere para a Secretaria Municipal de Administração a gestão do Parque Permanente de Exposições também passou. Atualmente, o local é administrado pela Secretaria Municipal de Inovação e Desenvolvimento. Criado em 1973 pela Companhia de Desenvolvimento de Ribeirão Preto (Coderp), durante mais de três décadas foi o recinto da Feapam.
Com 230 mil metros quadrados, além de sua vasta infraestrutura que incluía um pavilhão coberto, o local dispunha ainda de pistas para desfile e exposição de gado e equino, inúmeros galpões destinados a abrigar restaurantes, baias e banheiros em alvenaria, entre outras benfeitorias.
Degradado desde que deixou de abrigar a Feapam, o local se transformou, na última década, em uma espécie de “patinho feio” que perdeu sua finalidade e, sazonalmente, reaparece no cenário para abrigar grandes eventos musicais, como o João Rock e o Ribeirão Rodeio Músic. Também já teve o Kartódromo Antônio de Castro Prado Neto, inaugurado na gestão do prefeito Luiz Roberto Jábali (1944-2011), que governou a cidade entre 1997 e 2000, pelo PSDB.
Em julho de 2023, quando ainda era vereador, o hoje vice-prefeito e secretário da Casa Civil, Alessandro Maraca (MDB), afirmou ao Tribuna que a recuperação e o futuro do Parque Permanente de Exposições deveriam passar pela implantação de uma parceria público-privada (PPP). Segundo ele, era importante pensar o espaço com o viés da PPP, já que o local está quase todo degradado.