A programação do projeto “40tena Cultural”, da Fundação do Livro e Leitura de Ribeirão Preto, apresenta duas atividades nesta semana: um bate-papo sobre o mercado editorial alternativo e independente e mais um encontro mensal do quadro fixo “Defenda seu Best”, que neste mês de janeiro terá a participação do escritor Alexandre Ribeiro, defendendo a obra de Mia Couto, “E se Obama fosse africano?”.
A programação começa nesta terça-feira, 19 de janeiro, às 20 horas, com a discussão sobre “Uma nova utopia: Editora Antofágica”, com um dos fundadores da Editora Antofágica, Rafael Drummond. No encontro, ele fará uma abordagem sobre o momento em que o mercado de editoras está passando e a própria história da editora Antofágica.
“Mesmo um mercado em crise, é possível evoluir, ter êxito através de boas ideias e feeling”, comenta. Para ele, o momento é do aparecimento de novos caminhos para contornar a situação de crise que o mercado atravessa. “Não acho que tudo isso seja uma nova utopia. Pelo contrário, é o momento de focar no trabalho e ter ideias boas, adaptando ao mercado atual e tentando fazer acontecer para que realmente aconteça”, explica.
A atividade será mediada por Ni Brisant, poeta e editor da Editora Selin Trovoar, e transmitida, ao vivo, pela plataforma da instituição (www. fundacaodolivroeleiturarp. com), YouTube (FeiraDoLivroRibeirao) e Instagram (@ fundacaolivrorp), às 20 horas.
A segunda atividade da semana será realizada na quinta-feira (21), às 19 horas, nas plataformas da Fundação do Livro e Leitura – Instagram, YouTube e site. O quadro fixo da “40tena Cultural”, “Defenda seu Best”, terá a participação do escritor Alexandre Ribeiro que escolheu a obra de Mia Couto, “E se Obama fosse africano?”. O encontro ao vivo será mediado pela produtora cultural, Priscila Prado.
“Já li outras duas obras do Mia Couto e quero levar essa ideia sobre o que é literatura. A obra tem uma proximidade com o período atual”, revela Alexandre Ribeiro que tem a expectativa de conduzir um bate-papo descontraído e leve, mas que expresse a profundidade da obra.
Segundo ele, o livro aborda assuntos como países periféricos no mundo, o papel do idioma, racismo, colonialismo etc. “Que o público venha de coração aberto, sem nos levar muito a sério, pois com essa ideia em levar tudo a sério, acabamos tropeçando no ego. A literatura é esse abraço: de peito aberto, são portas e caminhos que podemos entrar”, desabafa o escritor.
Em 2020, projeto “40tena Cultural” realizou 104 atividades e alcançou um público de mais de 38 mil pessoas com atividades 100% online. Durante o ano, o projeto contou com a participação de nomes importantes no cenário da literatura brasileira, entre eles Mario Sérgio Cortella, Renato Janine Ribeiro, Ignácio de Loyola Brandão, Viviane Mosé, Amara Moira, Mary Del Priore, Elisa Lucinda, Danilo Santos Miranda, entre outros.