Tribuna Ribeirão
Política

Projeto regulamenta ferros-velhos em RP

A Câmara de Vereadores aprovou projeto de lei comple­mentar do prefeito Duarte No­gueira (PSDB) que regulamenta o funcionamento dos ferros-ve­lhos em Ribeirão Preto. A cidade já tem legislação sobre o assunto, em vigência desde 1998, mas, segundo a prefeitura, é muito sucinta e está desatualizada. O projeto foi aprovado por unani­midade na sessão de terça-feira, 7 de fevereiro.

O projeto considera comér­cio de sucatas e de ferros-velhos toda a atividade praticada por pessoa física ou jurídica especia­lizada na compra e venda de pe­ças usadas ou congêneres, como produtos de metais, fios, objetos de cobre, papéis, plásticos, garra­fas, pneus e afins.

Segundo a proposta, estabe­lecimentos que comercializam estes materiais devem mantê-los acondicionados em recipientes apropriados, capazes de isolá-los de forma a resguardar as con­dições de higiene no local, evi­tando o acúmulo de lixo, água e a existência e a reprodução de insetos e ratos.

Os terrenos utilizados para a comercialização de ferros-ve­lhos deverão ser murados em todo o perímetro numa altura mínima de 2,5 metros, total­mente pavimentados, e os ma­teriais armazenados deverão estar dispostos em prateleiras ou bancadas distantes um metro do piso, no mínimo.

O projeto também estabelece como infrações administrativas a comercialização e a manuten­ção em estoque de materiais sem origem comprovada, de sucatas em desacordo com o disposto na lei e a não apresentação à au­toridade responsável pela fisca­lização, no prazo por ela fixada, dos documentos que compro­vem a origem, movimentação e regularidade dos ferros-velhos e das sucatas.

O estabelecimento que in­correr nas infrações administra­tivas estará sujeito a cassação do alvará de licença e localiza­ção, à interdição administrati­va e à lacração do estabeleci­mento, além de apreensão do material em desacordo com o previsto na legislação e multa de 25 a 1.000 Unidades Fis­cais do Estado de São Paulo (Ufesp), que neste ano valem R$ 34,26 cada. Ou seja, a autu­ação pode chegar a R$ 34.260.

De acordo com a prefei­tura, a atualização da lei é necessária devido ao elevado número de furtos de produtos de áreas e vias públicas do mu­nicípio, como fios, tampa de bueiros, objetos de metal, entre outros. “Assim, o projeto de lei apresentado vem disciplinar o funcionamento desses estabe­lecimentos”, diz.

“Inclusive com fixação de horário de funcionamento – que não havia na lei anterior – e esta­belecimento de penalidades em caso de descumprimento das normas estabelecidas “como apreensão e perdimento dos bens”, diz parte da justificativa. O projeto também define que estes estabelecimentos pode­rão funcionar das seis da ma­nhã até as 19 horas.

O projeto recebeu três emendas aditivas de autoria dos vereadores Renato Zuco­loto (PP) e Alessandro Maraca (MDB). Eles são os autores de outra proposta sobre o assunto, já arquivada. As sugestões esta­belecem o monitoramento por câmeras em tempo integral do interior dos ferros velhos.

Os recursos das multas e da venda dos produtos apreendi­dos irregularmente devem ser destinados ao Fundo Muni­cipal de Segurança Pública a ser criado com a sanção da lei. De acordo com a prefeitura, a atualização da lei é necessária devido ao elevado número de furtos de produtos de áreas e vias públicas do município, como fios, tampa de bueiros, objetos de metal, entre outros.

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