Tribuna Ribeirão
DestaquePolítica

Projeto de boca de lobo vai parar no TJ

PREFEITURA DE RIBEIRÃO PRETO

O projeto de lei que pre­tende obrigar os futuros em­preendimentos habitacionais a serem construídos na cida­de a instalarem bocas de lobo inteligentes vai parar no Tri­bunal de Justiça de São Paulo (TJSP). Na sessão da Câmara de quinta-feira, 31 de agosto, os vereadores derrubaram, por unanimidade, o veto do prefei­to Duarte Nogueira (PSDB) à proposta de autoria de Ales­sandro Maraca (MDB).

O presidente da Câmara, Franco Ferro (PRTB), promul­gou a nova lei. Regimental­mente ele tinha no máximo 48 horas contadas do fim da ses­são para fazer a promulgação. A nova lei deverá ser publicada no Diário Oficial do Municí­pio (DOM) de segunda-feira, 4 de setembro. Entretanto, a prefeitura não irá cumpri-la.

Além de baixar um decreto determinando o não cumpri­mento da nova legislação, irá impetrar, nas próximas sema­nas, uma ação direta de In­constitucionalidade (Adin) no Tribunal de Justiça. O proce­dimento é padrão no governo municipal e adotado toda vez que um veto do Executivo é derrubado pelos vereadores.

Na Adin, a prefeitura usará o mesmo argumento legal utiliza­do para vetar o projeto. Apesar de elogiar a iniciativa do par­lamentar a prefeitura afirmou que o projeto de lei invadiu matéria de iniciativa privativa do chefe do Poder Executivo, já que a implantação do dispositi­vo “boca de lobo inteligente” é matéria típica de gestão, inserida na reserva da Administração. Caberá ao TJ decidir se a lei é constitucional ou não.

Alessandro Maraca acredi­ta que a nova lei tem possibili­dade de ser considerada cons­titucional pelo TJSP, pois não irá gerar custo para a prefeitu­ra. O vereador já tinha tentado aprovar projeto semelhante em 2018. Mas, na época, o projeto não recebeu parecer da Co­missão de Constituição, Justiça e Redação (CCJ) por entender que ele era inconstitucional ao obrigar a instalação em bairros já existentes.

Ou seja, criava despesas para a prefeitura, mas não dizia de onde sairiam os recursos para custear a substituição. Na pro­posta aprovada, Maraca limitou a instalação das bocas de lobos inteligentes aos novos empre­endimentos imobiliários. Desta forma os custos serão assumidos pelo empreendedor, bastando a prefeitura colocar essa obriga­toriedade nas contrapartidas a serem feitas por ele.

Ele afirma que a implanta­ção do equipamento tem como objetivo prevenir e minimizar os problemas causados pelas chuvas. Ele garante que as bo­cas de lobo tradicionais, além de causar mau cheiro, criam um ambiente propício para proliferação de doenças, ratos, baratas e outros insetos.

Com a instalação da boca de lobo inteligente isso acaba­ria, já que ela possui um me­canismo que mantém o local fechado e que, ao receber o vo­lume da água das chuvas ou de outra fonte, abre-se automati­camente, permitindo a vazão por completo, sendo que, tam­bém de forma automática, se fecha ao cessar a chuva.

Outras cidades como como Florianópolis (SC), São Pau­lo (SP) e Santo André (SP) já aprovaram leis semelhantes. Em Santo André, por exemplo, estão sendo instaladas cerca de 560 bocas de lobo com sensores. O equipamento conta com um sensor que informa se o cesto está cheio e emite um alerta.

O sinal chega a um servi­dor, no qual a informação é captada e, assim, é possível de­terminar a necessidade da lim­peza imediata ou não da boca de lobo. O alerta chega quando acontece uma enchente e bate 70% da capacidade do bueiro.

Postagens relacionadas

Conppac propõe tombar Metodista

William Teodoro

Polícia caça ladrões de bicicletas

Luque

Emenda impõe regras para suplentes em RP

Redação 1

Utilizamos cookies para melhorar a sua experiência no site. Ao continuar navegando, você concorda com a nossa Política de Privacidade. Aceitar Política de Privacidade

Social Media Auto Publish Powered By : XYZScripts.com