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Projeto amplia coleta seletiva

A Cooperativa de Agentes Ambientais Mãos Dadas quer ampliar a coleta seletiva que rea­liza em Ribeirão Preto. Para isso, entregou nesta terça-feira, 4 de junho, para a Secretaria Muni­cipal de Administração, projeto que prevê a concessão do servi­ço por parte do município para recolher material reciclável casa a casa em seis bairros da região Oeste da cidade.

O projeto estabelece o re­colhimento nos bairros Parque Ribeirão Preto, Solar Boa Vista, Jardim Marchesi, Adão do Car­mo e Banca Salles, localizados na região onde funciona a sede da cooperativa, que também fará um trabalho de conscienti­zação ambiental para motivar os moradores a separarem o mate­rial reciclável.

O projeto de concessão tem como principal articuladora a advogada e representante da 12ª Subseção da Ordem dos Advo­gados do Brasil (OAB- Ribeirão Preto) na cooperativa, Camila Riberto Ramos, que elaborou os termos da proposta de parceria. A tratativa sobre o assunto, se­gundo ela, começou a ser dis­cutida em reunião realizada no mês de março.

Pela proposta deverão ser atingidos doze mil imóveis e recolhidas 60 toneladas de ma­terial por mês, o que elevaria a produção mensal da coopera­tiva para 140 toneladas. A em­presa contratada pela prefei­tura de Ribeirão Preto recolhe atualmente, segundo dados recentes da Coordenadoria de Limpeza Urbana (CLU), cerca de 40 toneladas por mês. Até o fechamento desta reportagem, a prefeitura de Ribeirão Preto não havia respondido aos ques­tionamentos sobre a parceria fei­tos pelo Tribuna.

Mãos Dadas
Criada em 2009, a cooperati­va é a única do gênero na cidade. Além de receber os resíduos da coleta seletiva feita pela prefei­tura, ela também faz o recolhi­mento em condomínios, em­presas e pontos de coleta criados em parceria com alguns bairros. Para isso, utiliza dois caminhões adquiridos através de doação.

Diariamente eles fazem a co­leta seguindo uma rota previa­mente estabelecida. No coman­do da entidade, a ex-catadora de resíduos Iracy Pereira se or­gulha do processo de inclusão que a cooperativa tem pro­porcionado para 41 pessoas, a maioria mulheres, que por problemas como idade e escola­ridade não tinham oportunida­de no mercado de trabalho.

É graças ao material reciclá­vel que eles conseguem uma ren­da mensal média de um salário mínimo (R$ 998 atualmente), já descontada a contribuição para a Previdência Social – como au­tônomos – e o dinheiro guarda­do em um fundo de reserva que lhes garante o recebimento do décimo terceiro e das férias. O salário dos cooperados é calcu­lado a partir do total de resíduos reciclados e comercializados, o que significa que pode ser maior ou menor dependendo da pro­dução da cooperativa.

A entidade também está tentando terminar a constru­ção de uma nova sede, em um terreno localizado no mesmo bairro e recebido do município, por meio de processo de como­dato. A construção de dois gal­pões já foi iniciada, mas por falta de recursos a obra está parada. Além da construção será preci­so adquirir mais equipamentos, como esteiras para poder rece­ber mais material para reciclar.

Os cooperados trabalham de segunda a sexta-feira, das oito às 16 horas, com intervalo de uma hora para o almoço. A co­mida (marmitex) é distribuída pela prefeitura. que também paga as contas de água e ener­gia elétrica do local e disponi­biliza um van para o transporte dos trabalhadores.

Lixo e mais lixo
Cada um dos 694.534 mora­dores de Ribeirão Preto produz, em media, todos os dias, 800 gramas de lixo. O levantamento realizado recentemente pelo Tri­buna junto a Coordenadoria de Limpeza Urbana do município, responsável pelo gerenciamento deste serviço, revela que diaria­mente são recolhidos na cidade 543.240 quilos de resíduos, o que totaliza por mês 16,297 mi­lhões de quilos.

Dados da Associação Brasi­leira das Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais mostram que anualmente o Bra­sil produz cerca de 45 milhões de toneladas de resíduo orgâni­co. Esse resíduo tem potencial econômico para virar adubo, gás combustível e até mesmo energia. No entanto, apenas 1% do que é descartado é reapro­veitado. Em Ribeirão Preto, o lixo orgânico é levado para uma área de transbordo na Rodovia Mário Donegá e depois para o aterro sanitário em Guatapará.

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