Tribuna Ribeirão
Economia

Projeção para o IPCA vai a 8,69%

Foto: Pixabay (Imagem ilustrativa)

A projeção do mercado financeiro para a inflação em 2021 se distanciou ainda mais do teto da meta perseguida pelo Banco Central (BC). Os economistas do mercado financeiro alteraram a previ­são para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Am­plo – o indexador oficial de preços – em 2021.

O Relatório de Mercado Focus divulgado nesta se­gunda-feira, 18 de outubro, pelo Banco Central, mostra que a mediana para o IPCA se distanciou ainda mais do teto da meta para este ano e foi de alta de 8,59% para 8,69%, a 28ª elevação conse­cutiva. Há um mês, a previ­são estava em 8,35%.

A projeção dos econo­mistas para a inflação já está bem acima do teto da meta de 2021, de 5,25%. O centro da meta para este ano é de 3,75%, sendo que a margem de tolerância é de 1,5 ponto (de 2,25% a 5,25%). A pre­visão para o índice em 2022 subiu pela 13ª vez consecu­tiva, de 4,17% para 4,18%, também acima da meta para o período. Quatro semanas atrás, estava em 4,10%.

Considerando apenas as 58 respostas nos últimos cinco dias úteis, a projeção para o IPCA de 2021 passou de 8,71% para 8,79% Para 2022, também fo­ram feitas 58 atualizações nos últimos cinco dias, com a esti­mativa variando de 4,17% para 4,22%. O relatório Focus trouxe ainda a projeção para o IPCA em 2023, que segue em 3,25%.

No caso de 2024, a expec­tativa continua em 3,00%. Há quatro semanas, essas proje­ções eram de 3,25% e 3,00%, respectivamente. A meta de 2022 é de 3,50% e a de 2024 de 3,00%, com margem de 1,5 ponto (de 2,00% a 5,00%), enquanto o parâmetro para 2023 é de inflação de 3,25%, com margem de 1,5 ponto (de 1,75% a 4,75%).

Para alcançar a meta de inflação, o Banco Central usa como principal instrumento a taxa básica de juros, a Selic, fixada atualmente em 6,25% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom). O Rela­tório de Mercado Focus indica que a mediana das previsões para este ano permanece em 8,25% ao ano, mesmo percen­tual de um mês atrás.

Em setembro, diante da pressão causada pela elevação de preços na economia, o Co­pom aumentou, pela quinta vez consecutiva, a Selic, que foi de 5,25% para 6,25% ao ano. Para 2022, continua em 8,75%, ante 9,50% de um mês atrás. Considerando apenas as 51 respostas nos últimos cinco dias úteis, a expectativa para a Selic no fim de 2021 permane­ceu em 8,25%.

Já para 2022, a mediana passou de 9,00% para 8,88%, considerando as 50 atualiza­ções dos últimos cinco dias úteis. Para 2023, permanece em 6,50%, contra 6,75% de um mês atrás. Para 2024 segue em 6,50%, igual à projeção de qua­tro semanas atrás.

A previsão para o cresci­mento do Produto Interno Bruto (PIB) – a soma de todos os bens e serviços produzidos no país – recuou de 5,04% para 5,01%. Há quatro semanas atrás era de 5,04%. Para 2022, caiu de 1,54% para 1,50%. Quatro semanas atrás, estava em 1,63%.

Considerando apenas as 35 respostas nos últimos cinco dias úteis, a estimativa para o PIB no fim de 2021 passou de 5,01% para 5,00%. Para 2022, foram feitas 35 atualizações nos últimos cinco dias, com a estimativa passando de 1,49% para 1,40%.

Para 2023, o mercado fi­nanceiro passou a expansão do PIB de 2,20% para 2,10%. Há quatro semanas era de 2,30%. Para 2024 subiu de 2,46% para 2,50%, ante 2,50% de um mês atrás. A mediana das expecta­tivas para o câmbio no fim do período permanece em R$ 5,25 – era de R$ 5,20 um mês atrás.

Para 2022, a projeção per­manece em R$ 5,25, contra R$ 5,23 de quatro pesquisas atrás. A projeção anual de câmbio publicada no Focus passou a ser calculada com base na média para a taxa no mês de dezembro, e não mais no va­lor projetado para o último dia útil de cada ano.

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