Tribuna Ribeirão
Economia

Projeção para IPCA está em 8,5%, diz BC

Projeção de expansão da economia é de 2,15% este ano, diz BC (Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

A ata do último encontro do Comitê de Política Monetá­ria (Copom) do Banco Central, divulgada nesta terça-feira, 28 de setembro, indica que a pro­jeção para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) – indexador oficial de preços no Brasil – de 2021 no cenário básico está em 8,5%. Este quadro pressupõe a taxa de juros variando conforme a pesquisa Focus e o câmbio par­tindo de R$ 5,25 e evoluindo conforme a Paridade do Poder de Compra (PPC). Para 2022, a projeção está em 3,7% e, para 2023, em 3,2%.

Essas estimativas já consta­vam no comunicado da semana passada, quando o Copom au­mentou a Selic (a taxa básica de juros) em 1,00 ponto percentual, para 6,25% ao ano. Foi a quinta elevação consecutiva. Na oca­sião, o BC também indicou a in­tenção de novo aumento da Se­lic no encontro de outubro. Para o cálculo das projeções, o BC utilizou taxa de câmbio partindo de R$ 5,25, que é a média da taxa de câmbio observada nos cinco dias úteis encerrados no dia 10.

Em setembro do ano pas­sado, durante a divulgação do Relatório Trimestral de Infla­ção (RTI), o BC havia anun­ciado que pretendia dar prefe­rência ao câmbio PPC em suas projeções, e não mais ao câm­bio fixo ou baseado no Focus. Na ata da reunião anterior, de 3 e 4 de agosto, as projeções de inflação no cenário básico (ju­ros Focus e câmbio PPC) eram de 6,5% para 2021, 3,5% para 2022 e 3,2% para 2023.

O Copom voltou a enfatizar, por meio da ata de seu último encontro, que a inflação ao consu­midor segue elevada. “Persistem as pressões sobre componentes volá­teis como alimentos, combustíveis e, especialmente, energia elétrica, que refletem fatores como câm­bio, preços de commodities e con­dições climáticas desfavoráveis”, alerta o Copom.

Selic
O Comitê de Política Mo­netária reafirma a intenção de promover novo aumento da Selic (a taxa básica de juros) em setembro. Após a elevação de 1,00 ponto percentual na sema­na passada, para 6,25% ao ano, o BC diz na ata que, para a próxi­ma reunião, “antevê outro ajuste da mesma magnitude”. Ao mes­mo tempo, a autoridade mone­tária deixa a porta aberta para um aumento até maior.

“O Copom enfatiza que os passos futuros da política mone­tária poderão ser ajustados para assegurar o cumprimento da meta de inflação e dependerão da evolução da atividade eco­nômica, do balanço de riscos e das projeções e expectativas de inflação para o horizonte rele­vante da política monetária.”, diz a instituição na ata.

PIB
O Copom destaca na ata da reunião de setembro que o resultado do Produto Interno Bruto (PIB) – a soma de todos os bens e serviços produzidos no país – do segundo trimestre foi “ligeiramente melhor do que o esperado” e que as divulgações seguintes de atividade de alta fre­quência continuaram evoluindo favoravelmente, ainda que mar­ginalmente mais negativas.

“Parte dessas revisões decor­re de uma antecipação do cres­cimento esperado para alguns dos setores mais atingidos pela pandemia; outra parte deriva da menor produção industrial de­corrente da manutenção de di­ficuldades nas cadeias de supri­mentos”, diz o Banco Central na ata divulgada nesta terça-feira. O comitê afirma que mantém uma visão de retomada robusta da atividade no segundo semestre, na medida em que os efeitos da vacinação sejam sentidos de for­ma mais abrangente.

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