Tribuna Ribeirão
Economia

Projeção do IPCA sobe para 3,33%

MARCELLO CASAL JR./AG.BR.

A previsão de instituições financeiras para a inflação cal­culada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) este ano voltou a subir. A estimativa para o índice pas­sou de 3,31% para 3,33%, no segundo ajuste consecutivo, se­gundo o Relatório de Mercado Focus, divulgado nesta segun­da-feira, 18 de novembro, pelo Banco Central (BC). Há um mês, estava em 3,26%. A proje­ção para o índice em 2020 per­maneceu em 3,60%. Quatro se­manas atrás, estava em 3,66%.

Para os anos seguintes não houve alterações: 3,75% em 2021, e 3,50% em 2022. Há quatro semanas, essas proje­ções eram de 3,75% e 3,50%, respectivamente. As projeções para 2019 e 2020 estão abaixo do centro da meta de infla­ção que deve ser perseguida pelo BC. A meta de inflação, definida pelo Conselho Mo­netário Nacional, é 4,25% em 2019, 4% em 2020, 3,75% em 2021 e 3,50% em 2022, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.

No início deste mês, o Ins­tituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que o IPCA subiu 0,10% em outubro. No ano, a taxa acu­mulada é de 2,60% e, em 12 meses até outubro, de 2,54%. Em outubro, o Copom do BC atualizou suas projeções mais recentes para a inflação. Con­siderando o cenário de mer­cado, a projeção para o IPCA em 2019 está em 3,4%. No caso de 2020, está em 3,6% e, para 2021, em 3,5%.

O principal instrumento usado pelo BC para controlar a inflação é a taxa básica de juros, a Selic. Quando o Copom do BC reduz a Selic, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle da inflação e estimulando a ati­vidade econômica.

Quando o Copom aumen­ta a Selic, a meta é conter a demanda aquecida e isso cau­sa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a pou­pança. O mercado financeiro continua esperando que a Selic encerre 2019 no patamar de 4,50% ao ano. Atualmente, a Selic está em 5% ao ano. Para 2020, a expectativa caiu de 4,50% para 4,25% ao ano. Para 2021, a expectativa é que a taxa Selic termine o período em 6% ao ano. Para o fim de 2022, a previsão é 6,50% ao ano.

Preços administrados
O Relatório de Mercado Focus também indicou alte­ração na projeção para os pre­ços administrados em 2019. A mediana das previsões do mercado financeiro para o in­dicador este ano foi de alta de 4,70% para 4,75%. Para 2020, a mediana passou de elevação de 4,10% para 4,05%. Há um mês, o mercado projetava aumento de 4,33% para os preços admi­nistrados em 2019 e elevação de 4,11% em 2020. As proje­ções atuais do BC para os pre­ços administrados, no cenário de mercado, indicam 5,2% em 2019 e 4,0% em 2020.

Crescimento econômico
A estimativa de expan­são do Produto Interno Bruto (PIB), a soma de todos os bens e serviços produzidos no país, foi mantida em 0,92% este ano, pela segunda semana conse­cutiva. Para 2020, a projeção subiu de 2,08% para 2,17%. Já a expectativa para 2021 2022, permanece em 2,50%.

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