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Produção industrial tem queda em julho  

Produção de bens de consumo duráveis, que cresceu 9,1% em julho, foi puxada pela maior produção de veículos, reboques e carrocerias (+26,8%) (Washington Alves/Reuters )  

A produção industrial caiu 1,4% em julho ante junho, na série com ajuste sazonal, divulgou nesta quarta-feira, 4 de setembro, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em relação ao mesmo mês de 2023, subiu 6,1%. No acumulado de 2024, que tem como base de comparação o mesmo período do ano anterior, a indústria teve uma alta de 3,2%. Em doze meses, a produção acumula elevação de 2,20%.

A produção da indústria de bens de capital subiu 2,5% em julho ante junho. Na comparação com julho de 2023, o indicador avançou 17,3%. Os dados fazem parte da Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física (PIM-PF). Mas no acumulado em doze meses, ainda há queda de 2,4% na produção de bens de capital.

Em relação aos bens de consumo, a produção registrou queda de 2,5% na passagem de junho para julho. Na comparação com julho de 2023, houve avanço de 8,7%. No acumulado em doze meses, a produção de bens de consumo subiu 3,4%.  Na categoria de bens de consumo duráveis, a produção cresceu 9,1% em julho ante junho.

Em relação a julho de 2023, houve alta de 31,4%. Em doze meses, essa produção subiu 3,5%. Com relação aos bens de consumo semiduráveis e os não duráveis, houve queda de 3,1% na produção em julho ante junho. Na comparação com julho do ano anterior, essa produção aumentou 5,5%. A taxa em 12 meses ficou positiva em 3,4%.

Já para os bens intermediários, o IBGE informou que a produção caiu 0,3% em julho ante junho. Em relação a julho do ano passado, houve alta de 4%. No acumulado em doze meses, os bens intermediários tiveram avanço de 2,1%. O índice de Média Móvel Trimestral da indústria registrou alta de 0,4% em julho.

O recuo de 1,4% na produção industrial em julho ante junho foi resultado do recuo de sete dos 25 ramos pesquisados. Em outras 18 atividades, portanto, há aumento de produção. As influências negativas mais importantes foram assinaladas por produtos alimentícios (-3,8%), coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-3,9%) e indústrias extrativas (-2,4%).

O IBGE destaca, também, a influência negativa registrada pelo setor de celulose, papel e produtos de papel (-3,2%) no resultado da indústria em julho. A maior influência positiva veio de veículos automotores, reboques e carrocerias, cuja produção avançou 12% em julho na comparação com o mês anterior.

A produção de bens de consumo duráveis, que cresceu 9,1% em julho ante junho, foi puxada pela maior produção de veículos, reboques e carrocerias (+26,8%) no período. Mas essa alta também foi impulsionada por aumentos na produção de motocicletas, mobiliário e eletrodomésticos da linha marrom

Por outro lado, na passagem de junho para julho, em bens duráveis, houve quedas nas produções de eletrodomésticos de linha branca e eletroportáteis domésticos. O aumento na produção de bens duráveis está diretamente ligado à redução de juros e maior concessão e crédito à pessoa física.

Marcas – Apesar da queda de 1,4% em julho ante junho, a produção industrial brasileira no período ainda ficou 1,4% acima do patamar pré-pandemia, de fevereiro de 2020. Segue, no entanto, 15,5% abaixo do maior nível da série histórica, registrado no mês de maio de 2011. A queda da indústria foi a pior para um mês de julho desde julho de 2021, quando a produção havia recuado 1,5% na margem.

Categorias – Abrindo por categorias, a produção e bens de capital em julho ficou 11,9% acima do patamar pré-pandemia, mas 26,7% abaixo do ponto mais alto da série histórica, de abril de 2013. Já a produção e bens intermediários ficou 3,9% acima do patamar pré-pandemia, mas 14,2% abaixo do nível mais alto da série, em julho de 2008.

Bens de consumo duráveis, por sua vez, seguiu 5,2% abaixo de fevereiro de 2020, antes da pandemia, e 28% abaixo do ponto mais alto da série, em março de 2011. Completa essa lista a produção de bens de consumo semi e não duráveis, que ficou 2,2% abaixo do patamar pré-pandemia e 11,2% abaixo do patamar recorde, anotado em junho de 2013.

 

 

 

 

 

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