A produção industrial cresceu em oito dos 15 locais pesquisados em junho ante maio, segundo os dados da Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física Regional, divulgados nesta quinta-feira, 8 de agosto, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Na média global, a indústria nacional cresceu 4,1% em junho ante maio.
O destaque foi a recuperação do Rio Grande do Sul após as paralisações decorrentes das enchentes, com elevação de 34,9% em junho ante maio. Em São Paulo, maior parque industrial do país, houve expansão de 1,3%, segundo a pesquisa do IBGE.
A alta de 1,3% da indústria de São Paulo, em junho ante maio, foi o terceiro resultado positivo consecutivo, período em que acumulou um ganho de 3,8%. A produção local já tinha registrado expansões de 2,0% em abril e de 0,4% em maio, em comparação ao mês imediatamente anterior, na série que desconta influências sazonais.
Em junho, a indústria paulista deu a segunda maior contribuição para o avanço de 4,1% registrado pela produção industrial brasileira em relação a maio, atrás apenas do impacto positivo da recuperação vista no Rio Grande do Sul (com elevação de 34,9% na produção local) após a paralisação pelas inundações.
Na passagem de maio para junho, a expansão industrial em São Paulo foi impulsionada, principalmente, pelos setores de alimentos, derivados do petróleo, veículos automotores e farmacêuticos. Com o resultado, a indústria paulista operava em junho em nível 3,6% acima do patamar pré-pandemia de covid-19, em fevereiro de 2020.
Os demais avanços ocorreram no Pará (9,7%), Paraná (3,5%), Minas Gerais (3,3%), Espírito Santo (2,7%), Ceará (1,6%) e Santa Catarina (0,9%). O Rio de Janeiro mostrou estabilidade (0,0%). Na direção oposta, houve perdas na Região Nordeste (-6,0%), Bahia (-5,4%), Pernambuco (-5,2%), Goiás (-4,6%), Amazonas (-3,4%) e Mato Grosso (-2,1%).
De acordo com a pesquisa do IBGE, a produção industrial cresceu em onze dos 18 locais pesquisados em junho de 2024 ante junho de 2023. “Vale citar que junho de 2024 (20 dias) teve um dia útil a menos do que igual mês do ano anterior (21)”, lembra o IBGE.
Em São Paulo, houve uma expansão de 8,6%. Os demais ganhos ocorreram no Maranhão (17,3%), Rio Grande do Norte (15,2%), Mato Grosso do Sul (14,1%), Ceará (11,1%), Pará (10,5%), Paraná (7,4%), Rio de Janeiro (2,6%), Santa Catarina (2,0%), Minas Gerais (1,5%) e Bahia (0,5%).
Na direção oposta, houve perdas no Espírito Santo (-9,6%), Amazonas (-5,7%), Mato Grosso (-3,1%), Pernambuco (-2,8%), Goiás (-1,7%), Região Nordeste (-1,2%) e Rio Grande do Sul (-0,5%). Na média global, a indústria nacional cresceu 3,2% em junho de 2024 ante junho de 2023.
A produção industrial operava em junho em nível superior ao de fevereiro de 2020, no pré-pandemia de covid-19, em nove dos 15 locais pesquisados, segundo os dados da Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física Regional do IBGE.
Os parques industriais que superaram o pré-covid foram Mato Grosso (21,1% acima do pré-pandemia) e, Rio de Janeiro (10,6% acima), Minas Gerais (9,0% acima), Santa Catarina (5,6% acima), São Paulo (3,6% acima), Rio Grande do Sul (2,7% acima), Paraná (2,6% acima), Goiás (2,6% acima) e Amazonas (0,3% acima).
Na média nacional, a indústria brasileira operava em patamar 2,8% acima do pré-crise sanitária. Os locais com nível de produção aquém do pré-covid foram Pernambuco (-5,6%), Pará (-5,9%), Ceará (-11,4%), Espírito Santo (-13,6%), Nordeste (-20,3%) e Bahia (-21,5%).
Rio Grande do Sul – A retomada da operação de unidades industriais no Rio Grande do Sul, após a paralisação decorrente das inundações no Estado, turbinou o desempenho da produção gaúcha. Saltou 34,9% ante maio, recuperando-se assim da queda de 26,3% vista no mês anterior, em meio às turbulências climáticas. O Estado representa 6,8% de toda a produção nacional.