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Produção industrial sobe 0,1% em agosto  

Impactos negativos vieram de veículos automotores, reboques e carrocerias (-4,3%), produtos diversos (-16,7%) e impressão e reprodução de gravações (-25,1%) (Washington Alves/Reuters )

A produção industrial subiu 0,1% em agosto ante julho, na série com ajuste sazonal, divulgou nesta quarta-feira, 2 de outubro, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em relação a agosto de 2023, a produção subiu 2,2%. No acumulado do ano, que tem como base de comparação o mesmo período do ano anterior, a indústria teve uma alta de 3,0%. Em doze meses, a produção acumula elevação de 2,4%.

Em agosto de 2024, a indústria brasileira operava 15,4% aquém do pico alcançado em maio de 2011. Na categoria de bens de capital, a produção está 30,1% abaixo do pico registrado em abril de 2013, enquanto os bens de consumo duráveis operam 29,8% abaixo do ápice de março de 2011.

Os bens intermediários estão 13,9% aquém do auge de julho de 2008, e os bens semiduráveis e não duráveis operam em nível 10,8% inferior ao pico de junho de 2013. O IBGE revisou o resultado da produção industrial em junho ante maio, de uma alta de 4,3% para aumento de 4,4%. A taxa de julho ante junho foi mantida em -1,4%.

Chegou a agosto de 2024 operando 1,5% acima do patamar de fevereiro de 2020: dez das 25 atividades investigadas estão operando em nível superior ao pré-crise sanitária. Os mais elevados em relação ao patamar de fevereiro de 2020 foram os registrados pelas atividades de outros equipamentos de transporte (32,8%).

Depois vem máquinas e equipamentos (11,4%), derivados do petróleo (8,2%), extrativas (5,8%) e produtos químicos (2,9%). No extremo oposto, os segmentos mais distantes do patamar pré-pandemia são vestuário e acessórios (-24,2%), móveis (-21,9%) e produtos diversos (-19,4%).

Entre as categorias de uso, a produção de bens de capital está 6,6% acima do nível de fevereiro de 2020. A fabricação de bens intermediários está 4,3% acima do pré-covid. Os bens duráveis estão 7,5% abaixo do pré-pandemia, e os bens semiduráveis e não duráveis estão 1,9% aquém do patamar de fevereiro de 2020.

A produção da indústria de bens de capital caiu 4,0% em agosto ante julho. Na comparação com agosto de 2023, o indicador avançou 4,9%. Os dados fazem parte da Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física (PIM-PF). No acumulado em doze meses, houve redução de 0,6% na produção de bens de capital.

Em relação aos bens de consumo, a produção registrou alta de 0,7% na passagem de julho para agosto. Na comparação com agosto de 2023, houve elevação de 2,0%. No acumulado em doze meses, a produção de bens de consumo subiu 3,3%. Na categoria de bens de consumo duráveis, a produção encolheu 1,3% em agosto ante julho.

Em relação a agosto de 2023, houve aumento de 12,1%. Em doze meses, a produção subiu 4,3%. Entre os semiduráveis e os não duráveis, houve elevação de 0,4% na produção em agosto ante julho. Na comparação com agosto do ano anterior, a produção aumentou 0,4%. A taxa em doze meses ficou positiva em 3,1%.

Para os bens intermediários, o IBGE informou que a produção cresceu 0,3% em agosto ante julho. Em relação a agosto do ano passado, houve alta de 2,4%. No acumulado em doze meses, os bens intermediários tiveram expansão de 2,3%. O índice de Média Móvel Trimestral da indústria registrou alta de 1,0% em agosto.

A despeito da ligeira alta de 0,1% na produção industrial nacional em agosto ante julho, houve perdas em 18 dos 25 ramos de atividade pesquisados no período. Apenas sete mostraram avanço na produção. Entre as atividades, a influência positiva mais importante partiu das indústrias extrativas, com alta de 1,1%, após queda de 2,2% em julho.

Houve contribuições positivas relevantes também de produtos farmoquímicos e farmacêuticos (3,6%), equipamentos de informática, produtos eletrônicos e  ópticos (4,0%) e produtos químicos (0,7%). Na direção oposta, os maiores impactos negativos partiram de três atividades que vinham de crescimento expressivo no mês anterior: veículos automotores, reboques e carrocerias (-4,3%), produtos diversos (-16,7%) e impressão e reprodução de gravações (-25,1%).

A queda na produção de veículos interrompeu dois meses seguidos de crescimento, período em que acumulou uma expansão de 16,0%. Produtos diversos eliminaram parte do avanço de 20,7% registrado em julho, enquanto impressão também perdeu parte da alta de 30,9% vista no mês anterior.

Houve perdas relevantes ainda em agosto em máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-6,2%), produtos de metal (-4,0%), metalurgia (-2,5%), bebidas (-3,4%), artefatos de couro, artigos para viagem e calçados (-6,6%), máquinas e equipamentos (-2,7%), celulose, papel e produtos de papel (-2,5%), confecção de artigos do vestuário e acessórios (-3,9%), manutenção, reparação e instalação de máquinas e equipamentos (-3,6%) e coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-0,4%).

A indústria de transformação registrou uma queda de 0,3% em agosto ante julho, o segundo recuo consecutivo, período em que acumulou uma perda de 1,7%. No mês anterior, em julho ante junho, a indústria de transformação já tinha encolhido 1,4%. Porém, em junho ante maio, houve uma expansão de 4,9%.

 

 

 

 

 

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