A produção industrial caiu 0,5% em abril ante março, na série com ajuste sazonal, divulgou nesta quarta-feira, 5 de junho, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em relação a abril do ano passado, subiu 8,4%. No acumulado do quadrimestre, que tem como base de comparação o mesmo período do ano anterior, a indústria teve uma alta de 3,5%.
Em doze meses, acumula elevação de 1,5%. Em abril de 2024, a indústria brasileira operava 16,8% aquém do pico alcançado em maio de 2011. Na categoria de bens de capital, a produção está 27,0% abaixo do pico registrado em abril de 2013, enquanto os bens de consumo duráveis operam 33,9% abaixo do ápice de março de 2011.
Os bens intermediários estão 15,7% aquém do auge de maio de 2011, e os bens semiduráveis e não duráveis operam em nível 11,9% inferior ao pico de junho de 2013. Os dados fazem parte da Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física (PIM-PF).
A produção da indústria de bens de capital cresceu 3,5% em abril ante março. Na comparação com abril de 2023, o indicador avançou 25,5%. No acumulado em doze meses, houve redução de 7,8% na produção de bens de capital. Em relação aos bens de consumo, a produção registrou alta de 0,2% na passagem de março para abril.
Na comparação com abril de 2023, houve elevação de 13,5%. No acumulado em doze meses, a produção de bens de consumo subiu 2,5%. Na categoria de bens de consumo duráveis, a produção cresceu 5,6% em abril ante março.
Em relação a abril de 2023, houve aumento de 25,8%.
Em doze meses, a produção subiu 1,4%. Entre os semiduráveis e os não duráveis, houve elevação de 0,1% na produção em abril ante março. Na comparação com abril do ano anterior, a produção aumentou 11,5%. A taxa em doze meses ficou positiva em 2,6%.
Para os bens intermediários, o IBGE informou que a produção encolheu 1,2% em abril ante março. Em relação a abril do ano passado, houve alta de 4,6%. No acumulado em doze meses, os bens intermediários tiveram expansão de 2,1%. O índice de Média Móvel Trimestral da indústria registrou alta de 0,2% em abril.
A queda de 3,4% nas indústrias extrativas em abril ante março puxou o desempenho negativo da produção industrial nacional no período. Na média global, a indústria recuou 0,5% na passagem de março para abril. Porém, houve avanços em 18 dos 25 ramos pesquisados.
Além das extrativas, outras contribuições negativas relevantes sobre o total da indústria partiram de produtos alimentícios (-0,6%), de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-0,6%) e de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-2,6%).
Entre as atividades com expansão na produção, o principal impacto positivo foi de veículos automotores, reboques e carrocerias, com alta de 13,2%, após ter recuado 4,6% no mês anterior, quando interrompeu três meses consecutivos de taxas positivas, período em que acumulou um ganho de 14,6%, observou o IBGE.
Houve avanços significativos ainda em produtos diversos (25,1%), produtos farmoquímicos e farmacêuticos (10,8%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (9,0%), máquinas e equipamentos (5,1%), produtos químicos (2,2%), de manutenção, reparação e instalação máquinas e equipamentos (8,7%).
A lista ainda traz confecção de artigos do vestuário e acessórios (5,3%), impressão e reprodução de gravações (12,4%), artefatos de couro, artigos para viagem e calçados (4,9%), outros equipamentos de transporte (5,3%), metalurgia (1,4%) e produtos de minerais não metálicos (2,4%).