Tribuna Ribeirão
Economia

Produção de motos cai 13,2% em 2020

A produção de motocicle­tas caiu 13,2% no ano passa­do, ao totalizar 961.986 uni­dades na comparação com as 1.107.758 fabricadas em 2019. Mesmo assim, o volume supe­rou as expectativas da Associa­ção Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Simila­res (Abraciclo), que previa fa­bricar 937 mil motocicletas.

Em balanço divulgado nesta quarta-feira, 27 de janei­ro, a Abraciclo informou que os emplacamentos somaram 915.157 unidades em 2020, volume 15% inferior ao alcan­çado em 2019 (1.077.234). A Street foi a categoria com mais emplacamentos, com 458.577 unidades licenciadas e 50,1% do mercado. Na sequência, vie­ram a Trail (176.975 unidades e 19,3% de participação) e Moto­neta (141.656 e 15,5%).

“Hoje a motocicleta é apon­tada como um meio de locomo­ção seguro para evitar a aglome­ração do transporte público e se transformou em um instrumen­to de trabalho e fonte de renda para as pessoas que passaram a atuar nos serviços de entrega”, diz o presidente da entidade, Marcos Fermanian. Para este ano, a Abraciclo estima que as fábricas localizadas no Polo In­dustrial de Manaus produzam 1.060.000 motocicletas.

Isso corresponde a um au­mento de 10,2% na compara­ção com as 961.986 unidades produzidas em 2020. As ven­das devem chegar a 980 mil unidades, com alta de 7,1% em relação às 915.157 motocicletas emplacadas em 2020. As expor­tações deverão totalizar 40 mil unidades, volume 18,5% maior em relação às 33.750 unidades registradas no ano passado.

Segundo Fermanian, a ex­pectativa do setor para 2021 é recuperar parte das perdas do ano passado. “A chegada da vaci­na será o ponto chave para recu­perarmos as perdas provocadas pela maior crise, tanto sanitária quanto econômica, que já en­frentamos. Por isso, acreditamos que a tendência é que a produ­ção de motocicletas siga em as­censão nos próximos meses.”
Medidas restritivas

Apesar da demanda por motocicletas estar em alta tanto no mercado interno quanto ex­terno, as fábricas localizadas em Manaus continuam operando com medidas sanitárias restriti­vas devido ao quadro provoca­do pela pandemia de covid-19. Fermanian destacou que, para atingir os volumes registrados em 2020, foi necessário contra­tar mais funcionários, já que havia necessidade de atender os protocolos de segurança.

“Recentemente, com a im­plantação do toque de recolher pelo governo do Amazonas, todas as associadas adequaram seus turnos de trabalho. Além disso, redobramos os cuidados com as medidas de saúde e segu­rança para garantir a saúde dos colaboradores”, disse.

De acordo com o presidente da Abraciclo, alguns dos fabri­cantes têm encontrado dificulda­de para manter a produtividade e os estoques, já que há plantas totalmente paradas e outras em turno, o que deve gerar prejuízo no volume de produção em ja­neiro. “As dificuldades são muito grandes, e temos que lidar com essa situação esperando que as ações dos governos consigam desenvolver medidas que miti­guem essas dificuldades que têm impactado em toda a sociedade.”

Fermanian ressalta que há um descompasso entre pro­dução e demanda, porque os estoques já haviam termina­do em 2020, e a expectativa era de que a produção dos três primeiros meses do ano atendesse à demanda. “Hoje todas as modalidades sofrem. Há propostas já aprovadas nas financeiras, e a concessionária espera a motocicleta chegar à loja para concluir a venda.”

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