A produção de motocicletas em julho chegou a 95.025 motocicletas, 9,9% a menos do que em junho (105.450 unidades) e 3% menor na comparação com o mesmo mês do ano passado (97.920 motocicletas). O recuo já era esperado, devido às férias coletivas nas fábricas neste período. No acumulado do ano, a indústria fabricou 663.888 unidades, alta de 35,4% em relação a 2020 (490.137).
Os dados foram divulgados pela Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares (Abraciclo).
Os emplacamentos somaram 112.538 unidades em julho, o que corresponde a um aumento de 5,5% em relação ao mês anterior (106.680 motocicletas). Na comparação com julho do ano passado, houve alta de 32,2% (85.148 unidades). No acumulado do ano, foram licenciadas 629.692 motocicletas, volume 44,7% superior às 435.289 unidades emplacadas no mesmo período de 2020.
“O uso da motocicleta cresceu muito durante a pandemia. Ainda existe desequilíbrio entre a oferta e a demanda, mas, aos poucos, estamos conseguindo atender aos consumidores”, afirmou o presidente da entidade, Marcos Fermanian.
Os dados indicam ainda que as exportações tiveram alta de 36,7% ao embarcar 6.026 motocicletas em julho ante as 4.409 unidades de junho. Com relação a julho do ano passado, quando foram comercializadas no mercado exterior 4.432 unidades, houve alta de 36%. De janeiro a julho, foram exportadas 32.286 motocicletas, um aumento de 115,4% na comparação com o mesmo período do ano passado, quando foram produzidas 14.990 unidades.
Previsões
De acordo com revisão da Abraciclo, as fábricas instaladas no Polo Industrial de Manaus (PIM) devem produzir um total de 1,220 milhão de motocicletas neste ano, o que corresponde a um crescimento de 26,8%, na comparação com o ano passado, quando 961.986 unidades saíram das linhas de montagem. A perspectiva inicial, apresentada no início do ano, era a de 1,060 milhão motocicletas produzidas.
“Depois de enfrentar um primeiro bimestre complicado, devido à segunda onda do coronavírus, que atingiu a cidade de Manaus, as unidades fabris registram uma curva de aceleração das produções e cumprem seu planejamento. Aliado a isso, temos um mercado bastante aquecido, pois a motocicleta hoje é instrumento de trabalho e opção de deslocamento seguro para evitar a aglomeração do transporte público”, afirmou o presidente da Abraciclo.
Segundo Fermanian, com a nova projeção, a produção deve se aproximar do patamar registrado em 2015, quando foram fabricadas 1.262.708 motocicletas. “Ainda estamos bem distantes do recorde de 2011, que teve mais de dois milhões de unidades produzidas, mas o importante é que a indústria está consolidando sua recuperação e os sinais indicam o início de um novo ciclo de expansão”, disse.
Conforme as novas estimativas, as vendas devem totalizar 1,140 milhão motocicletas, alta de 24,6% em relação às 915.157 unidades emplacadas em 2020. Já para as exportações, a perspectiva é de que sejam embarcadas 51 mil motocicletas, volume 51,1% superior ao registrado no ano passado (33.750). A perspectiva anterior, também apresentada no início do ano, era de que os licenciamentos somariam 980 mil unidades e as exportações totalizariam 40 mil motocicletas.
Edição: Maria Claudia