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Produção agrícola deve ser recorde  

Para o milho é esperada a maior colheita já registrada na série histórica: as três safras do cereal devem atingir 131,87 milhões de toneladas (Wenderson Araujo/Trilux CNA )

A Companhia Nacional de Abastecimento e o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística divulgaram nesta quarta-feira, 6 de setembro, suas projeções para a safra de grãos. Ambos preveem aumento na produção e novo recorde no campo, segundo os números apresentados ontem. A projeção também supera os dados do estudo anterior

A produção brasileira de grãos na safra 2022/23 deve alcançar recorde de 322,75 milhões de toneladas, o que corresponde a um crescimento de 18,4% (50,1 milhões de t a mais) em comparação com a temporada anterior 2021/22, que foi de 272,64 milhões de t. Em comparação com a previsão anterior, de agosto, houve aumento de 0,8% (2,70 milhões de t), segundo o 12º e último levantamento da Conab.

Conforme a estatal, “o resultado é reflexo tanto de uma maior área plantada, atingindo 78,5 milhões de hectares (+5,3% ante 2021/22, que foi de 74,57 milhões de ha), como também de uma melhor produtividade média registrada, saindo de 3.656 kg/ha para 4.111 kg/ha (crescimento de 12,4%)”.

A produção de soja no país na safra 2022/23 é de um novo recorde, estimada em 154,62 milhões de toneladas, crescimento de 23,2% ante 2021/22 (125,55 milhões de t). Para o milho também é esperada a maior colheita já registrada na série histórica. No somatório das três safras do cereal, a produção deverá atingir 131,87 milhões de toneladas, incremento de 18,7 milhões de toneladas, ou 16,6% maior ante o ciclo anterior.

Na primeira safra do grão a produção somou 27,37 milhões de toneladas (+9,4% ante 25,03 milhões de t), enquanto que para a segunda safra, a previsão aponta para um volume de 102,16 milhões de toneladas (+18,9% ante 85,89 milhões de t 2021/22). De acordo com o Progresso de Safra, divulgado nesta semana pela companhia, cerca de 89% da área semeada já estavam colhidos.

Para a terceira safra, a produção estimada é de 2,33 milhões de toneladas, ou aumento de 5,3% ante o ano passado (2,21 milhões de t). Importantes produtos para a mesa do brasileiro, o arroz e feijão apresentam cenários distintos. De acordo com a Conab, no caso dos dois produtos houve redução de área de plantio por causa da concorrência com outras culturas na época mais rentáveis.

No entanto, para o arroz, a melhora da produtividade não foi suficiente para compensar a menor área resultando numa queda de produção de 6,9%, chegando a 10,03 milhões de toneladas ante 10,78 milhões de t em 2021/22. Para o feijão, o bom desempenho das lavouras, assegura uma colheita total de 3,04 milhões de toneladas, 1,7% acima do resultado da safra anterior (2,99 milhões de t).

A produção de algodão em pluma deve atingir recorde de 3,15 milhões de t na safra 2022/23, o que representa aumento de 23,3% em comparação com a temporada anterior, quando os cotonicultores colhera 2,55 milhões de t. Dentre as culturas de inverno, foi confirmado o crescimento de 11,8% na área cultivada de trigo no país, para 3,45 milhões de hectares e uma produção estimada em 10,82 milhões de toneladas, 2,5% acima da obtida na safra anterior (10,55 milhões de t).

Safra de grãos
A safra agrícola de 2023 deve totalizar um recorde de 313,3 milhões de toneladas, 50,1 milhões de toneladas a mais que o desempenho de 2022, um aumento de 19,0%. Os dados são do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola de agosto, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado é 4,4 milhões de toneladas maior que o previsto no levantamento anterior, de julho, uma alta de 1,4%.

De acordo com o IBGE, os produtores brasileiros devem colher 77,5 milhões de hectares na safra agrícola de 2023, uma elevação de 5,8% em relação à área colhida em 2022. Em relação à estimativa de julho, a área a ser colhida cresceu 0,6%. O arroz, o milho e a soja são os três principais produtos da safra, que, somados, representam 92,0% da estimativa da produção e 87,0% da área a ser colhida.

Em relação a 2022, houve acréscimos de 4,4% na área a ser colhida de milho (aumento de 0,2% no milho 1ª safra e de 5,8% no milho 2ª safra), de 5,4% na área do algodão herbáceo, de 8,5% na do trigo, de 22,5% na do sorgo e de 7,2% na da soja. Na direção oposta, houve recuo na expectativa de área colhida de arroz (-7,0%) e feijão (-4,1%).

O Brasil deve colher safras recordes de soja, milho, trigo, sorgo e algodão este ano, segundo o IBGE. A produção de soja deve somar 150,3 milhões de toneladas, uma elevação de 25,8% em relação ao produzido no ano passado. Já a produção nacional de milho foi estimada em 127,8 milhões de toneladas, com crescimento de 16,0% ante 2022.

A lavoura de milho 1ª safra deve somar 28,2 milhões de toneladas, um aumento de 10,9% em relação a 2022. O milho 2ª safra deve totalizar 99,6 milhões de toneladas, aumento de 17,5% em relação a 2022. O algodão herbáceo deve alcançar uma produção de 7,4 milhões de toneladas, um avanço de 10,0% ante 2022.

A estimativa da produção do trigo foi de 10,9 milhões de toneladas, alta de 8,2% em relação a 2022. A produção de sorgo foi prevista em 4,0 milhões de toneladas, alta de 38,8% ante 2022. A produção do arroz foi de 10,1 milhões de toneladas para 2023, queda de 5,5% em relação ao produzido no ano passado. 

 

 

 

 

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