Tribuna Ribeirão
Economia

Produção agrícola deve ser recorde

© CNA/Wenderson Araujo/Trilux

A Companhia Nacional de Abastecimento e o Insti­tuto Brasileiro de Geografia e Estatística divulgaram nesta quinta-feira, 9 de março, suas projeções para a safra de grãos. Ambos preveem aumento na produção e novo recorde no campo, segundo os números apresentados ontem. Conab e IBGE indicam recuo em rela­ção às projeções anteriores.

A produção brasileira de grãos na safra 2022/23 pode atingir 309,89 milhões de to­neladas. O desempenho cor­responde a um aumento de 13,8% em comparação com a safra anterior 2021/22, que foi de 272,43 milhões de t. Em comparação com a previsão an­terior, de fevereiro, houve ajus­te para baixo de 0,2% (710 mil t), conforme mostra o 6º Le­vantamento da Safra de Grãos 2022/23, da Conab.

Conforme o comunicado da estatal, quase metade do volume total é resultado das la­vouras de soja, que representa uma colheita de cerca de 151,42 milhões de toneladas (aumento de 20,6% ante 2021/22, que foi de 125,55 milhões de t). Segun­do a Conab, houve “uma recu­peração na produtividade das lavouras que foram atingidas pelas condições climáticas ad­versas no período de 2021/22”.

A colheita da soja avança em todas as regiões produtoras, com percentuais abaixo quan­do comparados com a safra 2021/22. Em algumas áreas o plantio foi realizado de forma tardia. Esse atraso traz impac­tos na semeadura do milho 2ª safra, que já tem semeada 63,6% da área prevista para a cultura em todo o país.

No mesmo período do ano passado, este índice alcançava cerca de 75%. Ainda assim, a companhia projeta um cresci­mento na produção de 11,3% ante a safra do ano passado (85,89 milhões de t), poden­do atingir 95,6 milhões de to­neladas. Já na primeira safra do cereal, a colheita esperada é de aproximadamente 26,76 milhões de toneladas, 6,9% acima da safra 2021/22 (25,03 milhões de t).

Considerando as três safras anuais de milho, a produção total deve ser de 124,68 milhões de t, aumento de 6,9% ante 2021/22 (113,13 milhões de t). Outra importante cultura de 2ª safra, o algodão já está comple­tamente semeado. Houve au­mento de 4% na área, atingindo 1,66 milhão de hectares. Com isso, a expectativa é que a colhei­ta da pluma atinja 2,78 milhões de toneladas, aumento de 9% ante 2021/22 (2,55 milhões de t).

Para o arroz, a produção é estimada em 9,88 milhões de toneladas, 8,4% inferior ao vo­lume produzido na safra passa­da (10,79 milhões de t). No caso do feijão, a Conab estima uma colheita de 2,92 milhões de to­neladas, somando as três safras, o que corresponde a uma queda de 2,4% em comparação com 2021/22 (2,99 milhões de t).

IBGE
A safra agrícola de 2023 deve totalizar um recorde de 298,0 milhões de toneladas, 34,9 milhões de toneladas a mais que o desempenho de 2022, um aumento de 13,3%. Os dados são do Levantamento Sistemático da Produção Agrí­cola de fevereiro, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Ge­ografia e Estatística.

O resultado é 3,9 milhões de toneladas menor que o previsto no levantamento anterior, de janeiro, uma queda de 1,3%. Os produtores brasileiros devem colher 75,8 milhões de hectares na safra agrícola de 2023, uma elevação de 3,5% em relação à área colhida em 2022. Em re­lação à estimativa de janeiro, a área a ser colhida ficou estável.

O arroz, o milho e a soja são os três principais produtos da safra, que, somados, repre­sentam 92,8% da estimativa da produção e 87,6% da área a ser colhida. Em relação a 2022, houve acréscimos de 4,1% na área a ser colhida de milho (alta de 1,3% na primeira safra do grão e de 5,0% na segunda sa­fra), de 1,2% na área do algodão herbáceo e de 4,8% na da soja.

Na direção oposta, houve recuo na expectativa de área colhida de arroz (-5,8%) e tri­go (-2,8%). O trigo deve al­cançar uma produção de 8,7 milhões de toneladas, queda de 13,6% na comparação com 2022, quando o Brasil colheu a maior safra do cereal da histó­ria. O Brasil deve colher mais soja e milho este ano, mas me­nos trigo e arroz.

A produção de soja deve somar 145,0 milhões de tonela­das, uma elevação de 21,3% em relação ao produzido no ano passado. Já a produção nacional de milho foi estimada em 121,4 milhões de toneladas, com cres­cimento de 10,2% ante 2022. A lavoura de milho 1ª safra deve somar 28,7 milhões de tonela­das, um aumento de 12,9% em relação a 2022.

O milho 2ª safra deve tota­lizar 92,7 milhões de toneladas, aumento de 9,4% em relação a 2022. O algodão herbáceo deve alcançar uma produção de 6,8 milhões de toneladas, um avanço de 1,4% ante 2022. A estimativa da produção do trigo foi de 8,7 milhões de to­neladas, recuo de 13,8% em relação a 2022. A produção do arroz foi de 10,0 milhões de toneladas para 2023, queda de 6,0% em relação ao produzido no ano passado.

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