Tribuna Ribeirão
Economia

Produção agrícola deve ser recorde

© CNA/Wenderson Araujo/Trilux

A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e o Instituto Brasileiro de Geo­grafia e Estatística (IBGE) di­vulgaram nesta quinta-feira, 7 de abril, suas projeções para a safra de grãos 2021/2022. Am­bos preveem aumento na pro­dução e novo recorde no cam­po, mas também reduziram as previsões de crescimento em relação aos estudos anteriores.

A produção de grãos no Brasil poderá chegar a 269,3 milhões de toneladas na safra 2021/22. O número é 5,4% maior do que o registrado na safra anterior, corresponden­do a um acréscimo de 13,8 milhões de toneladas, caso se confirmem as expectativas anunciadas pela Conab. A pre­visão, no entanto, é menor do que a divulgada no primeiro levantamento da companhia, que projetava uma safra de 288,6 milhões de toneladas.

O volume divulgado on­tem representa uma redução de 6,7% (ou 19,3 milhões de toneladas), em relação à projeção anterior. Segundo a Conab, essa queda nas expec­tativas se deve às “condições climáticas adversas” obser­vadas nos estados da Região Sul e no centro-sul de Mato Grosso do Sul, com perdas maiores na soja e no milho.

O levantamento estima que a área plantada total no país é de 72,9 milhões de hectares. Esse número representa cres­cimento de 4,4% na compara­ção com a safra 2020/21. Os maiores incrementos de área são observados na soja, com 4,1% ou 1,6 milhão de hectares e, no milho, com 6,5% ou 1,3 milhão de hectares.

Soja
A soja tem produção previs­ta em 122,4 milhões de tonela­das, o que representa redução de 11,4% em relação à safra an­terior. Segundo a companhia, a queda na produção do país foi amenizada principalmente pelo aumento de 4,1% da área semeada, alcançando 40,8 mi­lhões de hectares nesta safra.

Milho
Já a produção estimada de milho é de 115,6 milhões de toneladas, número 32,7% maior do que o registrado no ciclo anterior. A companhia projeta um aumento de 36,3% da produtividade do milho ao longo da segunda safra, permitindo uma produção de 88,5 milhões de toneladas do cereal no segundo ciclo.

Algodão, arroz e feijão
No caso de algumas outras culturas, como é o caso do al­godão, as condições climáticas têm favorecido o desenvolvi­mento, aliadas ao ganho de área, “o que deve resultar numa produção de 2,83 milhões de toneladas da pluma, 19,9% su­perior à safra passada”. Para o feijão a previsão é de uma safra de 3,1 milhões de toneladas, resultado 7,6% acima do regis­trado na safra anterior.

A produção de arroz está estimada em 10,5 milhões de toneladas (10,5% inferior ao volume da safra passada). Deste total, 9,7 milhões de toneladas têm como origem o cultivo irrigado e 0,8 mi­lhão de toneladas o plantio de sequeiro. Nas culturas de in­verno (aveia, canola, centeio, cevada trigo e triticale), a se­meadura ainda é incipiente e deve chegar com produção de 7,9 milhões de toneladas para o trigo.

IBGE
O IBGE reduziu sua es­timativa para a produção de cereais, leguminosas e olea­ginosas neste ano. Segundo o Levantamento Sistemá­tico da Produção Agrícola (LSPA), realizado em mar­ço, a estimativa é que o país feche 2022 com uma safra de 258,9 milhões de tone­ladas, 1% abaixo (ou 2,7 mi­lhões de toneladas a menos) que o volume previsto na pesquisa de fevereiro.

Mesmo com a redução da previsão de um mês para outro, o Brasil ainda deve ter safra recorde este ano, com uma produção 2,3% acima (ou 5,7 milhões de toneladas a mais) que no ano passado, de acordo com o IBGE. O recorde anterior havia ocor­rido em 2020, quando foram produzidos 255,4 milhões de toneladas de cereais, legumi­nosas e oleaginosas.

Estimativas
A redução da previsão de fevereiro para março foi puxada pelas quedas nas es­timativas de produção da soja (-5,6%), da primeira sa­fra de milho (-3,8%), da uva (-9,5%) e do tomate (-1,9%). Apesar disso, nesse período houve melhoras nas estimati­vas de safra da segunda safra do milho (4,9%).

Também melhoraram, as previsões para o algodão her­báceo (3,7%), feijão (3%), aveia (3,3%), sorgo (0,5%) e trigo (9,6%). O arroz teve uma leve variação de -0,1%. A área a ser colhida em 2022 deve chegar a 71,8 milhões de hec­tares, segundo a pesquisa de março, 0,8% acima da previs­ta em fevereiro e 4,7% acima da registrada no ano passado.

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