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Prisão preventiva Juíza não acredita em laudos técnicos

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Logo após a Polícia Federal encaminhar à Vara de Execuções Penais de Curitiba ofício com decisão administrativa em que indeferiu a ida do ex-presiden­te Lula ao velório do irmão, a força-tarefa do Ministério Público Federal do Paraná também se manifestou contra o pedido do petista. Segundo a manifestação da Procuradoria, “afora o obstácu­lo técnico, há um evidente conflito entre a pretensão” de Lula “e a garantia da incolumidade física” do ex-presidente, “de servidores públicos encarregados da escolta e do próprio público em geral, como assentado na decisão da Autoridade Policial que indeferiu o pedido administrativo”.

A juíza Perla Saliba Brito não acredita que barragens possam se romper de uma hora para ou­tra. Na decisão que determinou as prisões temporárias cumpri­das nesta terça, 29, dos enge­nheiros e funcionários da Vale envolvidos no licenciamento da barragem da mineradora em Brumadinho, a magistrada dis­se que os laudos assinados pelos investigados não correspondem com a verdade.

“Os documentos acostados demonstram que os represen­tados André Jum Yassuda, Ce­sar Augusto Paulino e Makoto Manba subscreveram recentes declarações de estabilidade das barragens, informando que aludidas estruturas se adequa­vam às normas de segurança, o que a tragédia demonstrou não corresponder o teor desses do­cumentos com a verdade, não sendo crível que barragens de tal monta, geridas por uma das maiores mineradoras mundiais, se rompam repentinamente, sem dar qualquer indício de vul­nerabilidade”, diz a sentença.

Além dos mandados de prisão temporária, a juíza tam­bém decretou a apreensão dos celulares e autorizou a polícia a acessar todo o conteúdo das “mensagens de texto, agenda, dados e mensagens de áudio, vídeo e fotos constantes dos aparelhos, e em qualquer e to­dos os aplicativos existentes, em especial no WhatsApp”.

Yassuda era diretor e Makoto Namba atuavam, res­pectivamente, como diretor e engenheiro da empresa alemã Tüv Süd. A polícia foi a três locais na capital paulista: a re­sidência dos dois engenheiros e a sede da empresa.

Outros três funcionários da Vale – César Augusto Paulino Grandchamp, Ricardo de Oli­veira e Rodrigo Arthur Gomes de Melo – também foram deti­dos, na região metropolitana de Belo Horizonte. De acordo com o Ministério Público de Minas Gerais, eles estão diretamente envolvidos no licenciamento da barragem que se rompeu na úl­tima sexta-feira, 29.

A juíza Perla é a mesma magistrada responsável por duas decisões judiciais que blo­quearam R$ 10 bilhões da Vale. Os cinco detidos serão ouvidos Ministério Público em Belo Horizonte. As prisões têm vali­dade de trinta dias.

Defesa
Após as prisões por homi­cídio qualificado, na manhã desta terça-feira de cinco en­genheiros que atestaram a se­gurança barragem 1 da mina do Córrego do Feijão, em Brumadinho, Minas Gerais, o diretor jurídico da Vale, Ale­xandre D’Ambrósio, gravou um vídeo comentando as ope­rações de busca e apreensão ocorrida no interior da em­presa, também nesta manhã, afirmando que determinou “colaboração total e irrestrita” com as autoridades. Segundo D’Ambrósio, a Vale enviou ao Ministério Público cópia de uma sindicância interna feita após o acidente.

“Antes mesmo da expedi­ção de qualquer mandado ju­dicial, estive pessoalmente em reunião com os Ministérios Públicos federal estadual em Minas Gerais para reafirmar o compromisso da Vale com apuração dos fatos. Além disso, nos colocamos à disposição das autoridades para prestar qual­quer informação desejada”, diz D’Ambrósio, no vídeo.

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