Ribeirão Preto registrou aumento de 25,8% das contratações de primeiro emprego neste ano. Em 2017, foram 4.650 novas carteiras de trabalho assinadas sem exigência de experiência, enquanto que, de janeiro a agosto deste ano, já foram 5.850, acréscimo de 1.200 admissões. Dez funções admitiram mais pessoas neste período.
Lideram o ranking auxiliar de escritório (774), operador de telemarketing ativo e receptivo (528), vendedor de comércio varejista (378), assistente administrativo (370), atendente de lanchonete (370), auxiliar de limpeza (166), repositor de mercadorias (147), embalador (135), operador de caixa (128) e vendedor em domicílio (126 contratações). Ismael Colosi, diretor regional da Secretaria de Estado do Emprego e das Relações do Trabalho (Sert) em Ribeirão Preto e região, dá uma dica.
“Uma dica importante para os candidatos do primeiro emprego é focar na busca por uma vaga nessas dez funções, ou buscar qualificação e capacitação nestas áreas ou correlatas, o que aumenta as chances de sucesso”, diz. “Outra sugestão importante é que, se possível, a pessoa adquira conhecimento através da prática na área que ela deseja por meio de trabalhos voluntários, estágios remunerados e estágios não remunerados”, conclui o diretor.
Aprendizes
Com a promulgação da lei nº 14.234, de 21 de setembro de 2018, a admissão de jovens aprendizes, por meio de estágios na administração municipal direta e indireta de Ribeirão Preto, está garantida legalmente. A partir de agora, a inserção dessas pessoas em situação de vulnerabilidade social no mercado de trabalho está assegurada e será permanente.
A assinatura da lei do programa “Aprendiz de Braços Abertos” ocorreu na manhã desta quarta-feira, 3 de outubro, em solenidade no Salão Nobre do Palácio Rio Branco, com a presença do prefeito Duarte Nogueira Júnior (PSDB), do diretor-presidente da Fundação de Educação para o Trabalho, Adriel Gennaro, do vereador Ademozar Raflastur (PSDB), autor da proposta, e de vários jovens atendidos pela Fundet.
“Instituir o programa é dar a ele essa forma permanente, é fazer com que a cidade de Ribeirão Preto não retroceda com esse carinho e esse cuidado com os nossos jovens. Isso agora está institucionalizado, perenizado”, diz Nogueira. No início os jovens aprendizes eram chamados de “guardinhas”.
Criada em 1972, a Fundet começou com o Pró-Menor, que é uma espécie de incubadora da Fundação de Educação para o Trabalho. Desde então, estima-se que dez mil jovens já tenham sido atendidos neste período. Na administração municipal são cerca de 200 jovens de 14 a 18 anos inseridos por meio de estágios nas secretarias municipais, órgãos públicos e autarquias. O treinamento tem duração de dois anos e a remuneração um salário mínimo (R$ 954).
Para o Adriel Gennaro, o efeito pedagógico e o exemplo da lei ultrapassam as barreiras e os limites da cidade de Ribeirão Preto. “Porque outros municípios nos procuram para conhecer a Fundet e conhecer o programa, ver como funciona e implantar em suas cidades”.
Desde 2017, a Fundet tem mantido parcerias com empresas privadas. O Tribunal Regional do Trabalho da 15º Região (TRT-15), por exemplo, é um dos locais de trabalho de vários aprendizes atendidos pelo programa. Como em outras áreas, o direito também tem sido a escolha para muitos meninos e meninas.