Primeiro atleta em solo brasileiro contaminado pelo novo coronavírus (covid-19), o pivô Maique, do Paulistano, está recuperado e foi liberado pelos médicos a voltar aos treinamentos que vinha realizando em casa, durante a paralisação do Novo Basquete Brasil (NBB). O principal campeonato nacional foi interrompido em função do combate à pandemia de covid-19. Ainda não há previsão de retorno dele às quadras – a competição continua suspensa e será retomada diretamente no mata-mata.
“Isso (volta aos treinos) me deixou feliz, estava com saudades. Tenho com uma rotina de dois períodos por dia. Tive até que mudar a cama de lugar (risos)”, conta o jogador de 26 anos, que foi diagnosticado com a covid-19 no último dia 19. “Tive um pouco de dor de cabeça, bastante dor no corpo, resfriado, dor de garganta e comecei a tossir. Cheguei a passar uma noite inteira sem dormir, senti um calafrio muito grande no corpo”, relata.
Apesar de recuperado, Maique segue isolado até dentro de casa. “Está sendo difícil ficar sozinho no quarto, mas minha mãe está comigo, em um cômodo separado. Ela tem sido minha base e me ajudado muito”, destaca o atleta. “Quando contei (sobre a contaminação), ela e meus amigos ficaram preocupados. Mas, os médicos me passaram confiança. Fiquei firme, com fé em Deus, e isso me manteve positivo”, relembra.
Com a experiência de quem sentiu na pele o novo coronavírus, Maique pede que as pessoas olhem, principalmente, pelos idosos em meio à pandemia. “Eles estão na área de risco. Queria que todos se cuidassem, tomassem cuidado e seguissem os médicos. Fiquem em casa e façam a higienização correta”, conclui.
O último jogo de Maique foi no último dia 9, na derrota do Paulistano para a Unifacisa, em Campina Grande (PB), por 101 a 90, partida válida pela 19ª semana do NBB. Na ocasião, o pivô atuou por cerca de 15 minutos e, nos quatro períodos da partida, anotou seis pontos, cinco rebotes e duas assistências. Os dois clubes orientaram atletas, comissão técnica e funcionários a seguir a quarentena após a revelação do caso de coronavírus.
Edição: Cláudia Soares Rodrigues