Tribuna Ribeirão
Economia

Previsão para o IPCA vai a 6,79%

© Reuters/Rebecca Cook/Direitos reservados

A projeção do mercado fi­nanceiro para a inflação em 2021 se distanciou ainda mais do teto da meta perseguida pelo Banco Central (BC). Os econo­mistas do mercado financeiro alteraram a previsão para o Ín­dice Nacional de Preços ao Con­sumidor Amplo – o indexador oficial de preços – em 2021.

O Relatório de Mercado Focus, divulgado nesta sema­na pelo Banco Central, mostra que a mediana para o IPCA se distanciou ainda mais do teto da meta para este ano e foi de alta de para 6,56% para 6,79%. Foi a 17ª elevação consecutiva. Há um mês, a previsão estava em 6,07%.

A projeção dos economistas para a inflação já está bem aci­ma do teto da meta de 2021, de 5,25%. O centro da meta para este ano é de 3,75%, sendo que a margem de tolerância é de 1,5 ponto (de 2,25% a 5,25%). A previsão para o índice em 2022 passou de 3,80% para 3,81%, também acima da meta para o período. Quatro semanas atrás, estava em 3,77%.

O relatório Focus trouxe ainda a projeção para o IPCA em 2023, que segue em 3,25%. No caso de 2024, a expectativa continua em 3,00%. Há quatro semanas, essas projeções eram de 3,25% para ambos os casos. A meta de 2022 é de 3,50% e a de 2024 de 3%, com mar­gem de 1,5 ponto (de 2,00% a 5,00%), enquanto o parâme­tro para 2023 é de inflação de 3,25%, com margem de 1,5 ponto (de 1,75% a 4,75%).

Para alcançar a meta de inflação, o Banco Central usa como principal instrumento a taxa básica de juros, a Selic, fixa­da atualmente em 3,5% ao ano pelo Comitê de Política Mone­tária (Copom). O Relatório de Mercado Focus indica que a mediana das previsões para este ano segue em 7,00% ao ano. Há um mês, estava em 6,50%.

Em junho, diante da pres­são causada pela elevação de preços na economia, o Copom aumentou, pela terceira vez consecutiva, a Selic, que foi de 3,50% para 4,25% ao ano. A expectativa do meracdo para a reunião desta semana é de elevação entre 0,75 e um ponto percentual. No caso de 2022, a projeção do Focus continua em 7% ao ano, ante 6,75% de um mês antes. Para 2023 e 2024, segue em 6,50%, mesmo patamar de um mês atrás.

A previsão para o crescimen­to do Produto Interno Bruto (PIB) – a soma de todos os bens e serviços produzidos no país – subiu de 5,29% para 5,30%. Há quatro semanas, a estimativa era de 5,18%. Para 2022, o mercado financeiro manteve a projeção do PIB em expansão de 2,10%.

Quatro semanas atrás, também estava em 2,10%. Em 2023 e 2024, o mercado finan­ceiro projeta expansão do PIB em 2,5%. No Focus divulga­do nesta semana, a projeção para a produção industrial de 2021 subiu de 6,36% para 6,38%. Há um mês, estava em elevação de 6,30%.

No caso de 2022, a estimati­va de crescimento da produção industrial segue em 2,20%, ante 2,25% de quatro semanas antes. A mediana das expectativas para o câmbio no fim do período foi de R$ 5,09 para R$ 5,10 – era de R$ 5,04 um mês atrás. Para 2022, a projeção para o câmbio segue em R$ 5,20, mesmo valor de quatro pesquisas atrás.

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