Tribuna Ribeirão
Economia

Previsão é de que economia atinja índices de 2014 em 2020

Depois de enfrentar uma das piores recessões de sua história, a economia brasileira segue a passos lentos e só em 2020 deve recuperar o nível de PIB (Produ­to Interno Bruto) que tinha em 2014, quando a última crise teve início, aponta o Boletim Macro, elaborado pelo Instituto Brasilei­ro de Economia (Ibre), da Fun­dação Getulio Vargas (FGV).

“O cenário é muito preo­cupante. Depois de passar por uma das mais severas recessões de nossa história, ainda estamos recuperando apenas parte do que foi perdido em termos de crescimento”, afirma a pesquisa­dora Silvia Matos, coordenadora geral do estudo.

“Após cinco trimestres desde a saída da recessão, o Brasil cres­ceu apenas 2,7% em termos acu­mulados, ou seja, o país ainda precisa crescer 5,5% para voltar ao patamar pré-crise.”

Segundo o Ibre/FGV, a re­cuperação atual está muito lenta se comparada a outros períodos após recessões longas, como a do início dos anos 1980, quando o país encolheu 8,5% entre 1981 e 1983, e a crise do início dos anos 1990, quando o país enco­lheu 8,5% entre 1981 e 1983, e a crise do início dos anos 1990, quando a contração foi de 7,7% entre 1989 e 1992.

“O crescimento médio atual está em 0,5% do PIB por trimestre. Se esse ritmo for mantido, demorará mais 11 trimestres para se atingir o nível pré-crise, algo realmente inédito na história brasileira. Mas não há nem mesmo ga­rantia de que esse ritmo seja mantido nos próximos tri­mestres”, afirma Silvia.

O Ibre/FGV reduziu a previ­são de crescimento do PIB neste ano de 1,9% para 1,7%. Além das incertezas sobre a manu­tenção do ritmo de recuperação da economia, a instituição citou o impacto da greve dos cami­nhoneiros, a piora do cenário internacional e a confiança mais frágil dos empresários e consu­midores, que tende a se refletir em menores níveis de consumo e investimento.

“A nossa previsão contempla a manutenção desse ritmo (de crescimento de apenas 0,5% por trimestre) para o segundo se­mestre do ano. Porém, não po­demos descartar novas revisões para baixo”, declararam as pes­quisadoras Silvia Matos e Luana Miranda no estudo.

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