Tribuna Ribeirão
Economia

Previsão de recorde para a safra de grãos

A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) divulgou nesta quinta-feira, 11 de julho, os números do 10º Levantamento da Safra de Grãos 2018/2019. De acordo com a companhia, o Brasil deve registrar novo recorde da sé­rie histórica com uma produção de cerca de 240,7 milhões de tonela­das. A previsão de crescimento é de 5,7%, o que representa 13 mi­lhões de toneladas acima da safra 2017/18. A área plantada está pre­vista em 62,9 milhões de hectares, um aumento de 1,9% em relação à safra anterior.

Já segundo o Instituto Brasilei­ro de Geografia e Estatística (IBGE), a safra agrícola de 2019 deve tota­lizar 236,0 milhões de toneladas, uma alta de 4,2% em relação ao resultado de 2018, o equivalente a 9,5 milhões de toneladas a mais. Os dados são do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola de junho. Em relação ao levanta­mento de maio, houve elevação de 0,6% na estimativa para a produ­ção deste ano, o equivalente a 1,3 milhão de toneladas a mais.

Se confirmada, será a segun­da maior safra da história, atrás apenas da de 2017, quando a pro­dução somou 238,4 milhões de toneladas. Os produtores brasilei­ros devem colher 62,8 milhões de hectares na safra agrícola de 2019, uma elevação de 3,0% em relação à área colhida em 2018. O resulta­do é 0,3% maior que o previsto no levantamento referente a abril, di­vulgado no mês passado, o equiva­lente a 171,8 mil hectares a mais.

Das três principais lavouras de grãos, apenas o milho deverá ter crescimento na produção neste ano em relação a 2018 (17,1%). Para a soja, é esperada uma queda de 4,5%. Já para o arroz, deve ha­ver uma redução de 11,2%. Entre as outras lavouras com produção prevista de mais de um milhão de toneladas, deverão fechar o ano com alta o feijão (1,7%), o algodão (31,5%), o sorgo (11,2%) e o trigo (14,5%), diz o IBGE.

O levantamento também abrange a produção de outros pro­dutos agrícolas importantes, além dos cereais, leguminosas e ole­aginosas. A cana-de-açúcar, por exemplo, principal lavoura brasi­leira, deverá fechar o ano com uma produção de 665 milhões de tone­ladas, ou 1,4% a menos do que em 2018. Também deverão ter queda na produção o café (-12,2%), a la­ranja (-1,2%), o tomate (-5,3%) e a uva (-10,8%). E devem ter alta a banana (3%), a batata-inglesa (1%) e a mandioca (4,2%).

O levantamento da Conab mos­tra que o milho segunda safra deve ser um dos maiores destaques do período, com previsão de produção recorde de 72,4 milhões de tone­ladas, crescimento de 34,2%. Já o milho primeira safra deve ficar em 26,2 milhões de toneladas, queda de 2,5%. A produção de algodão deve aumentar cerca de 32,9%, o que equivale a 6,7 milhões de algo­dão em caroço ou 2,7 milhões de algodão em pluma.

Para a soja, a previsão é de re­dução de 3,6% na produção, atin­gindo 115 milhões de toneladas. As regiões Centro-Oeste e Sul re­presentam mais de 78% dessa pro­dução. Os produtos com maiores aumentos de área plantada foram o milho segunda safra (819,2 mil hectares), soja (717,4 mil hectares) e algodão (425,5 mil hectares). A soja apresentou um crescimento de 2% na área de plantio, chegando a 35,9 milhões de hectares.

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