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Prévia do IPCA fecha em 0,44%  

Com o resultado anunciado nesta terça-feira, 28 de maio, acumula alta de 3,70% em doze meses, a mais baixa desde julho de 2023 

Alta dos combustíveis pesou no bolso do consumidor: gasolina teve o maior impacto individual sobre o IPCA-15, contribuição de 0,09 ponto percentual (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 – prévia da inflação oficial no país – acelerou de 0,21% em abril para 0,44% em maio, após alta de 0,36% em março. Antes, disparou 0,78% em fevereiro, ante elevação de 0,31% em janeiro e avanço de 0,40% em dezembro de 2023. A última deflação ocorreu em julho do ano passado, de 0,07%.

A inflação deste mês é a mais branda para o mês desde 2021, quando também chegou a 0,44%. Fechou maio do ano passado com alta de 0,51%. Com o resultado anunciado nesta terça-feira (28), acumula alta de 3,70% em doze meses, ante 3,77% até abril, terceira queda seguida. É a taxa mais baixa desde julho de 2023, quando estava em 3,19%.

Era de 4,14% até março e de 4,49% até fevereiro, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em cinco meses do ano, a inflação represada está em 2,12%, ante 1,67% até abril e 1,46% até março. Para o cálculo do IPCA-15, os preços foram coletados no período de 15 de abril a 15 de maio de 2024 (referência) e comparados com aqueles vigentes de 16 de fevereiro a 14 de março de 2024 (base).

Oito dos nove grupos de produtos e serviços que integram o IPCA-15 registraram alta de preços em maio, informa o IBGE. Houve deflação apenas em Artigos de residência, queda de 0,44%, uma contribuição negativa de -0,02 ponto percentual para o índice no mês. Alimentação e bebidas subiu 0,26%, impacto de 0,05 ponto percentual.

Os outros grupos com aumentos foram Habitação (0,25%, impacto de 0,04 p.p.), Educação (0,11%, impacto de 0,01 p.p.), Saúde e Cuidados Pessoais (1,07%, impacto de 0,14 p.p.), Vestuário (0,66%, impacto de 0,03 ponto), Transportes (0,77%, impacto de 0,16 p.p.) Despesas Pessoais (0,18%, impacto de 0,02 p.p.) e Comunicação (0,18%, impacto de 0,01 p.p.).

Rio Grande do Sul – A coleta de preços na Região Metropolitana de Porto Alegre para o IPCA-15 de maio já estava 70% completa quando houve o desastre provocado pelas enchentes no Rio Grande do Sul. Os cerca de 30% restantes foram obtidos através de esforços de coleta predominantemente remota na região, via telefone ou internet, e também, quando possível, em modo presencial.

IPCA cheio – A inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – indexador oficial fechou abril com alta de 0,38% em abril, segundo o IBGE. A taxa acumulada no primeiro quadrimestre do ano está em 1,80%. A inflação acumulada em doze meses é de 3,69%.

A inflação por grupos

Alimentação – Os preços de Alimentação e bebidas aumentaram 0,26% em maio, após alta de 0,61% em abril. O grupo deu uma contribuição positiva de 0,05 ponto percentual para o IPCA-15. Os preços dos alimentos reduziram o ritmo de alta. Entre os componentes do grupo, a alimentação no domicílio teve alta de 0,22% em maio, após ter avançado 0,74% no mês anterior.

A alimentação fora do domicílio subiu 0,37%, ante alta de 0,25% em abril. A refeição fora de casa subiu 0,34%, e o lanche avançou 0,47%. As famílias pagaram mais pela cebola (16,05%), café moído (2,78%) e leite longa vida (1,94%). No entanto, ficaram mais baratos o feijão carioca (-5,36%), frutas (-1,89%), arroz (-1,25%) e carnes (-0,72%).

Transportes – Os preços de Transportes subiram 0,77% em maio, após queda de 0,49% em abril. O grupo deu uma contribuição positiva de 0,16 ponto percentual para o IPCA-15 mês. Os preços de combustíveis tiveram alta de 2,10% em maio, após recuo de 0,03% no mês anterior.

A gasolina subiu 1,90%, após ter registrado queda de 0,11% em abril, enquanto o etanol avançou 4,70% nesta leitura, após alta de 0,87% na última. O óleo diesel avançou 0,37%. Por outro lado, houve redução no preço do gás veicular, -0,11%. Os avanços nos preços das passagens aéreas e da gasolina exerceram as duas maiores pressões sobre a inflação em maio.

A gasolina teve o maior impacto individual sobre o IPCA-15, contribuição de 0,09 ponto percentual. As passagens aéreas subiram 6,04%, segunda maior contribuição individual, 0,04 ponto percentual. Juntos, os dois subitens responderam por 0,13 ponto percentual, quase um terço da inflação do mês.

Habitação – Os gastos das famílias brasileiras com Habitação passaram de uma elevação de 0,07% em abril para aumento de 0,25% em maio, contribuição positiva de 0,04 ponto percentual para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 deste mês. A taxa de água e esgoto subiu 0,51%.  energia elétrica residencial aumentou 0,17%.

Saúde – Os gastos das famílias brasileiras com Saúde e cuidados pessoais passaram de uma elevação de 0,78% em abril para uma alta de 1,07% em maio, contribuição positiva de 0,14 ponto percentual para o IPCA-15 deste mês.

O movimento foi impulsionado pelos aumentos no plano de saúde e nos produtos farmacêuticos. Os produtos farmacêuticos subiram 2,06% em maio, resultando numa contribuição conjunta de 0,07 ponto percentual para o IPCA-15, após a autorização do reajuste de até 4,50% nos preços dos medicamentos, a partir de 31 de março.

Já o plano de saúde encareceu 0,77%, incorporando as frações mensais dos reajustes dos planos novos e antigos para o ciclo de 2023 a 2024, um impacto de 0,03 ponto percentual na inflação de maio. Os itens de higiene pessoal subiram 0,87% em maio, puxados, principalmente, pelo aumento de 1,98% no perfume.

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